A Associação
de Mães e Amigos das Crianças e Adolescentes
em Situação de Risco (Amar) expandiu suas atividades.
Além de lutar contra o sistema representado pela Febem
e denunciar as torturas sofridas por seus internos, a Amar
começou no início deste mês um trabalho
para evitar que mais crianças e adolescentes entrem
para o mundo do crime. O projeto fica na Cidade Tiradentes,
um bairro da zona leste com mais de 220 mil habitantes só
em conjuntos habitacionais.
A sede fica na parte superior de um
prédio comercial e foi cedida e reformada pela Companhia
Metropolitana de Habitação de São Paulo
(Cohab). Há três salas para atendimento de assistentes
sociais e psicólogos, que ainda não estão
em funcionamento. Oficinas de artesanato e aulas de capoeira,
axé e reforço escolar já atraíram
mais de cem crianças e jovens da região.
Conceição Paganele,
a presidente da Amar, quer ainda criar uma horta comunitária
atrás do prédio e montar uma sala de vídeo.
Outro projeto é garantir um lanche para todos os participantes
das atividades da entidade. “As assistentes sociais
da Cohab estiveram aqui e disseram que o espaço já
está pequeno para a demanda”, diz. Para ela,
isso mostra a falta de opções de lazer na região.
“Há muitas regiões aqui do bairro que
não têm sequer uma praça”, reclama.
Conceição disse que irá procurar a subprefeitura
para negociar a construção de parques de lazer.
LEONARDO FUHRMANN
Do Diário de S.Paulo
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