Erika Vieira
Um painel de 9x3 metros simula, desde quarta-feira, um jardim
virtual na estação do metrô Paraíso.
Seis espécies de flores fictícias compõem
a obra que espalha pólen conforme o movimento do público
que passa em frente, gerando assim o nascimento de novas plantas.
A tela, intitulada de Ultranature, faz parte da mostra Emoção
Art.ficial 4.0 – Emergência!, quarta edição
da Bienal Internacional de Arte e Tecnologia criada pelo Itaú
Cultural. Esta é uma das obras do evento que interage
com o espaço urbano de São Paulo. Seu criador,
o mexicano radicado na França, Miguel Chevalier, é
um dos pioneiros na área de arte digital e agora traz
para o Brasil um pouco de seu trabalho admirado em paises
como Estados Unidos e Japão.
divulgação
Já no prédio do Itaú Cultural as invenções
sonoras abusam da criatividade. Da mistura de elementos eletrônicos
com seres vivos surge os Peixes DJs. A artista brasileira
Vivian Caccuri colocou quatro carpas em um aquário
com sensores que revertem o movimento dos animais em sons.
Com o nome de Canções Submersas, a obra possibilita
que os visitantes desfrutem de música ambiente.
Caixas em formato de livros também emitem sons, mas
não se trata de música e sim de literatura declamada.
A multiartista Raquel Kogan expõe a Reler, uma estante
composta por cinqüenta livros-objetos que ficam dentro
de uma sala escura. Ao abrir o livro uma luz ilumina o rosto
do leitor e uma gravação dispara trechos de
títulos famosos da literatura mundial.
A tradicional pintura em papel não é deixada
de lado. Mas dessa vez quem pinta é o robô RAP3
(Robotic Action Painter). Desenvolvido pelo português
Leonel Moura, ele utiliza cinco canetões coloridos
para fazer pinturas abstratas e sozinho decide quando o desenho
está pronto. O quadro é finalizado com a assinatura
da máquina no canto inferior direito da tela.
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