João
Batista Jr.
Serão escolhidos hoje, na
cidade de São Paulo, os três melhores trotes
solidários praticados pelas universidades, segundo
o Concurso Trote da Cidadania, promovido pela Fundação
Educar DPaschoal. A intenção da premiação
é valorizar as instituições que fazem
do trote uma ação social, e não uma preocupação
para a sociedade.
O primeiro caso trágico registrado no país
foi em 1980, quando Carlos Alberto de Souza, calouro da Universidade
de Mogi das Cruzes, morreu vítima de espancamento.
O motivo: resistiu ao corte de seu cabelo.
O episódio que mais chocou o país, contudo,
ocorreu 19 anos depois, quando Edson Tsung Chi Hsueh, calouro
do curso de medicina da USP, foi encontrado morto dentro de
uma piscina após um churrasco promovido pelos veteranos.
Marco
A morte de Edson, em 1999, foi um marco para o país,
abrindo discussões sobre a prática e os limites
dos trotes universitários. Por causa disso, esse foi
o ano em que se iniciou o concurso para promover as iniciativas
solidárias praticadas pelos universitários.
Em 1999, apenas duas universidades (PUC-Campinas e Unicamp)
se inscreveram no concurso. Já hoje, a dimensão
da premiação é outra: “mais de
30 universidades enviaram para análise o trote que
executam”, conta Camila Bellenzani, coordenadora de
projetos da Fundação Educar DPaschoal.
“As três instituições vencedoras
vão receber um curso chamado Voluntariado no Espaço
Universitário”, informa Bellenzani. “Objetivo
é fazer com que o trote se torne um agente transformador
dentro da universidade.”
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