Os 10
Estados que receberão mais recursos da União
com a criação do Fundo de Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb) são os
que ostentam os piores índices educacionais do País
e cujas populações têm a mais baixa média
de anos de estudo.
A nota técnica preparada pelo Ministério da
Educação para justificar a criação
do fundo mostra, por exemplo, que esses 10 Estados tiveram
resultados abaixo da média nacional no Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica
(Saeb) realizado em 2003, tanto em português quanto
em matemática.
Os estudantes da 4.ª série do ensino fundamental,
nesses Estados, fizeram, em média, 153 pontos na avaliação
de português e 159 em matemática, contra uma
média nacional de 169 em português e 177 em matemática.
Do outro lado, os 17 Estados que não precisarão
de complementação federal porque seus investimentos
ficarão acima da média nacional, também
tiveram resultados na prova superior à média
brasileira.
A diferença em relação aos Estados mais
pobres chega a ser de 28 pontos na média, em matemática,
e 25 pontos em português. Os 10 Estados beneficiados
são Maranhão, Pará, Piauí, Ceará,
Bahia Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte
e Amazonas. Eles têm, também, uma população
menos presente à escola: enquanto a média nacional
é de 6,3 anos de estudo, nesses 10 esse índice
não passa de 4,9 anos - ou seja, um total de anos pouco
superior ao da 4.ª série primária.
Avanços
De modo geral, a maior parte dos brasileiros não
completa nem mesmo o ensino fundamental (oito anos de estudo).
Desde a criação do Fundeb, em 1996, os Estados
do Nordeste e do Norte tiveram avanços consideráveis
nos índices de educação, especialmente
no acesso à escola. No entanto, ainda estão
muito atrás do Sul e do Sudeste.
O governo federal está apostando alto no novo fundo
para reduzir diferenças regionais, mas dinheiro não
é tudo nessa batalha. A falta de professores, principalmente
no ensino médio, é outro desafio que não
pode ser superado no curto prazo.
As informações são
do O Estado de São Paulo.
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