O
grupo Teatro da Vertigem, conhecido por suas apresentações
em locais heterodoxos -como igrejas, hospitais e presídios-,
interrompeu o espetáculo "BR-3", que acontece
no rio Tietê, em São Paulo, devido à impossibilidade
de arcar com os custos do aluguel das embarcações
que servem de palco e platéia para a encenação.
A empresa responsável pelas embarcações,
a TransRio, afirma que não tinha como manter o preço
de R$ 25 mil mensais que vinha cobrando desde o início
das apresentações, em março. Quer R$
85 mil pelas quatro embarcações utilizadas na
peça e o serviço de seus funcionários.
O Vertigem declara que não tem como pagar esse valor.
Andrelino Novazzi Neto, sócio da empresa, diz que o
novo valor é o mínimo para cobrir apenas os
custos de operação dos barcos, e que, se fosse
incluir a taxa de aluguel, o valor atingiria R$ 117 mil. "Fui
agüentando enquanto pude", diz.
O diretor de produção da peça, Walter
Gentil, diz que houve boa vontade da TransRio, que negociou
o preço inicial. "Ela foi uma patrocinadora parcial",
diz. Segundo Gentil, havia um acordo segundo o qual, se novos
patrocínios fossem conseguidos, o valor poderia ser
reformulado. Isso não aconteceu, e o impasse levou
à paralização da peça há
duas semanas.
As informações
são da Folha Online.
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