Erika
Vieira
”Educação para libertação”
é o conceito pedagógico disseminado pelo pedagogo
Paulo Freire. Com base nisso, os educadores do MST (Movimento
dos Sem Terra) investem na alfabetização de
jovens e adultos. Através do programa EJA (Educação
de Jovens e Adultos) já foram alfabetizadas mais de
150 mil pessoas integrantes do movimento. Para aprimorar mais
o ensino, os assentamentos da região norte e nordeste
realizam até amanhã (26/05) o II Encontro Regional
de Educação de Jovens e Adultos (EREJA).
O Encontro teve início no dia 21 desse mês e
reuni cerca de 450 professores na cidade de Caruaru, em Pernambuco,
a educação básica será debatida
com o objetivo de erradicar cada vez mais o analfabetismo
dentro do MST. Durante o evento o educador Paulo Freire recebe
homenagem para lembrar os 10 anos de sua morte.
Hoje existem mais de 1.200 escolas de ensino fundamental
instaladas em assentamentos, mantidas por meio de convênios
com universidades e instituições de ensino,
colaborações de estudantes que lecionam gratuitamente,
além dos próprios alunos e comunidade que fazem
a manutenção das escolas. “A alfabetização
é nosso forte”, declara o setor de educação
de Pernambuco do MST.
A formação superior também é
desenvolvida na Escola Nacional Florestan Fernandes, criada
no ano passado no município de Guararema, em São
Paulo, voltada para militantes dos movimentos populares do
Brasil e de outros paises da América Latina. Oferece
cursos de filosofia política, sociologia rural, economia
política da agricultura, administração
e gestão social, historia social do Brasil, entre outros.
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