A segunda
pesquisa sobre o perfil dos universitários das instituições
federais mostra que o Brasil ainda não conseguiu acabar
com uma de suas maiores distorções no ensino:
o domínio das vagas nas universidades públicas
pelos filhos das famílias de maior renda. O levantamento
revela que 57% dos estudantes das instituições
federais pertencem às classes A e B (renda média
familiar entre R$ 1.669 e R$ 7.793).
O índice de alunos das universidades federais que
pagaram pelo ensino médio (total ou em sua maior parte)
também é alto, são 52,9%, conforme a
pesquisa divulgada ontem.
O estudo foi feito com 33.958 estudantes matriculados entre
2003 e 2004 em 47 instituições federais. Comparados
aos dados da primeira edição (coletados entre
1996 e 97), os resultados mostram que o país evoluiu
pouco no combate à exclusão. Na época,
alunos das classes A e B somavam 56%.
O perfil socioeconômico e cultural dos estudantes foi
realizado pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores
de Assuntos Comunitários e Estudantis, com o apoio
da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior)
e do Ministério da Educação.
Segundo a pesquisa, 65% dos alunos são de famílias
com renda entre R$ 207 e R$ 1.669 (classes B2, C, D e E) e
estariam em situação "vulnerável",
necessitando de algum tipo de apoio financeiro até
o fim do curso. As classes C, D e E (renda familiar média
de R$ 207 a R$ 927), tem 43% dos alunos matriculados.
As informações são da Folha de S. Paulo.
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