Depois
de um estudo aprofundado dos indicadores sociais brasileiros,
16 especialistas em economia liderados pelo professor do Instituto
de Economia (IE) da Unicamp, Márcio Pochmann, chegaram
à conclusão de que o governo brasileiro teria
de investir R$ 7,2 trilhões em 15 anos para atingir
a igualdade social no país. No dia 15 de março,
Pochmann estará na sede do Serviço Nacional
da Indústria (Senai), em Brasília, falando sobre
essa e outras conclusões que estão no livro
Agenda não liberal da inclusão social no Brasil,
o quinto volume da série Atlas da Exclusão Social,
que acaba de ser lançado. Segundo o professor da Unicamp,
o livro não traça apenas um diagnóstico,
mas também propõe uma agenda de inclusão
para os oito principais complexos de intervenção:
saúde, educação, habitação,
cultura, inclusão digital, pobreza, trabalho e previdência
social.
A obra destaca, por exemplo, que as regiões Norte
e Nordeste do Brasil são caracterizadas pela carência
de escolaridade e baixa densidade populacional, enquanto o
Sul e o Sudeste têm a violência e a saúde
como os principais meios de exclusão social. "Com
base nesse tipo de indicador, propusemos um cronograma de
investimentos para que cada estado possa obter uma situação
melhor até 2020. Para chegar a um nível satisfatório
de inclusão social, o governo brasileiro terá
de investir cerca de R$ 7,2 trilhões nos próximos
15 anos em educação, saúde e em políticas
de enfrentamento à pobreza", afirmou Pochmann
em entrevista à Agência de Notícias da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (Fapesp). O encontro para o debate sobre
o livro começa às 19 horas, no auditório
de Senai (SCN Quadra 1, Bloco E , Ed. Central Park).
As informações são do site da Fundação
Banco do Brasil.
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