João
Batista Jr.
Como forma de comemorar e ampliar o projeto Lei de Fechamento
de Bares iniciado há cinco anos, a Secretaria de Defesa
Social de Diadema lançou ontem (16/07) a campanha Juventude
e o Fechamento de Bares.
“Vamos levar ao conhecimento dos donos de bares panfletos
que explicam o artigo 81 do ECA (Estatuto da Criança
e do Adolescente)”, informa a coordenadora da pasta
da Defesa Social Regina Miki. Tal artigo diz expressamente
que é proibida a venda de bebidas alcoólicas
às crianças e adolescentes, assim como e produtos
que causem dependência química.
A intenção do projeto é alertar sobre
o risco de punição àqueles que desobedecerem
ao estatuto. “Não queremos fechar nem multar
os bares, embora isso será feito caso seja preciso”.
Para Miki, o propósito é realizar uma transformação
cultural nos hábitos da cidade, fazendo com que os
menores não se aproximem de bebidas alcoólicas.
“Até mesmo os supermercados devem receber orientações”.
Para ser realizado, o projeto conta com 50 voluntários.
“Eles vão sair com mapas das ruas para irem diretos
aos estabelecimentos”, revela Miki. Além de panfletos,
os jovens chegarão munidos de informações
sobre os perigos ligados ao consumo de álcool e os
avanços alcançados nos últimos cinco
anos com a restrição do funcionamento dos bares
para as 6 às 23h.
Caminho certo
Desde que a Lei entrou em vigor, a cidade não parou
de registrar queda em seus índices de criminalidade.
Se em 2002 Diadema teve 201 casos de homicídio, em
2006 esse número caiu para 78.
A idéia de restringir o funcionamento dos bares deu-se
depois de a cidade ter sido considerada a mais violenta do
Estado de São Paulo no ano de 2000, segundo estatísticas
da Secretaria Estadual de Segurança Pública,
divulgadas em estudo da Unesco. Já em 2004, Diadema
passou a ocupar a 18ª colocação.
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