João
Batista Jr
Com a necessidade de se integrarem no mercado globalizado,
os produtores do setor sucro-alcooleiro precisam capacitar
mão-de-obra para que consigam melhorar suas técnicas
de produção e diminuir possíveis danos
à natureza.
Entre os bóias-frias, alguns produtores procuram mudar
essa realidade investindo em educação. "Hoje
existem diversos trabalhadores interessados em aperfeiçoamento",
conta Antonio Sodré.
Diretor da Assomogi (Associação dos Produtores
de Cana do Vale do Mogi), Sodré conta que nesta sexta,
17, um importante passo para contemplar tais funcionários
será dado com a abertura do primeiro Curso Intensivo
de Tecnologia Canavieira, ministrado na cidade de Leme.
"Como um curso técnico e uma faculdade são
caros e levam anos para se concluir, queremos dar um curso
breve, mas que consiga suprir nossas necessidades", informa
Sodré. Os 40 participantes da iniciativa terão
300 horas-aula durante as nove semanas do curso. "Vamos
fazer uma divisão em duas frentes: a primeira sobre
a cana e a outra sobre mecanização".
Os alunos, assim, irão estudar o modo de crescimento
da planta, sua forma de interação com o solo,
os danos de determinadas pragas, as técnicas corretas
de manuseio e formas de mecanização aliadas
da natureza: "estamos preocupados em antecipar os prazos;
não queremos mais queimar a cana, queremos obter o
selo verde."
Como forma de incentivar os alunos, uma moto será sorteada
no final do curso. Os critérios para participar são:
ter mais de 75% de presença e nota superior a média
cinco.
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