Parceria
entre União Européia, prefeitura e fundação
Orsa vai reunir dados sobre programas sociais e oferecer oficinas
Também estão previstos tratamento odontológico
e psicológico; 1º escritório será
inaugurado na terça, na região central de São
Paulo
Uma espécie de "Poupatempo social" será
inaugurado, na próxima terça-feira, pela Secretaria
Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social em
parceria com a União Européia e com o Grupo
Orsa. Com o nome de Escritório de Inclusão Social,
a unidade centralizará os programas sociais oferecidos
pela prefeitura, Estado e governo federal e por ONGs.
O primeiro deles ficará no Glicério, centro
da cidade, e pretende cadastrar, inicialmente, duas mil famílias
carentes da região. No escritório, elas poderão
se candidatar a todos os programas sociais oferecidos, como
o Bolsa Família, o Ação Jovem e o Renda
Mínima.
"O objetivo é facilitar o acesso das famílias
aos programas e criar um cadastro único", disse
o secretário de Assistência e Desenvolvimento
Social, Floriano Pesaro. Outros nove escritórios deverão
ser abertos na região do centro expandido, mas ainda
sem data prevista.
O projeto contará com 15 milhões de euros (cerca
de R$ 41 milhões) em 4 anos, divididos entre a União
Européia e a prefeitura. Nesse primeiro ano, está
previsto o investimento de R$ 3 milhões.
Além do cadastro, as famílias poderão
participar de oficinas voltadas para a formação
profissional e receber tratamento dentário e psicológico,
por exemplo. "Queremos ajudar a organizar a vida dessa
população", afirma Sérgio Amoroso,
presidente do Grupo Orsa. "Facilitaremos o cadastramento
unificando tudo em um lugar só. Depois, vamos tentar
propor modelos de geração de renda e oferecer
mais oficinas."
O primeiro "Poupatempo social" funcionará
em um galpão na rua Barão de Iguape, 900, e
terá 27 salas. O atendimento será para moradores
do entorno, que deverão procurar o local das 9h às
18h. Esses grupos são formados por moradores de rua
ou por famílias que vivem, em sua maioria, em cortiços,
com baixa ou nenhuma renda.
Daniela Tófoli
Folha de S.Paulo
|