O
mecanismo criado para fiscalizar as gestões dos municípios,
que poderia, por exemplo, inibir fraudes como a orquestrada
pela máfia dos sanguessugas, na prática não
funciona para esse fim. Relatórios elaborados pela
Controladoria-Geral da União (CGU) e uma pesquisa feita
pelo Ministério da Saúde apontam para a mesma
realidade: os conselhos municipais, previstos na Constituição
de 1988 como instrumentos de gestão participativa e
de controle local, são ineficientes na fiscalização
da aplicação do dinheiro público, não
influenciam na elaboração de políticas
sociais e, em geral, foram cooptados e aparelhados pelos prefeitos.
Thiago Vitale Jayme e Raquel Salgado
Valor Econômico
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