Iniciativas
que promovam a capoeira como instrumento de cidadania e inclusão
social vão receber financiamentos de R$ 930 mil por
meio do projeto Capoeira Viva, lançado hoje pelo Ministério
da Cultura (MinC).
O projeto vai apoiar oficinas, pesquisas, documentários,
acervos culturais e outras ações sócio-educativas
voltadas para a promoção da atividade. O objetivo,
segundo o secretário executivo do ministério,
Juca Ferreira, é reconhecer oficialmente a capoeira
como uma arte genuinamente brasileira.
"A capoeira é uma das principais manifestações
culturais do país e até hoje não recebeu
o devido reconhecimento do Estado brasileiro", disse.
"Ela sempre foi tratada com preconceito porque é
proveniente dos escravos, dos negros libertos e dos afrodescendentes,
por isso esse movimento é importante".
O Capoeira Viva, patrocinado pela Petrobras, vai promover
três seminários nacionais sobre arte e criação
de um site sobre o tema. Também vai escolher 50 mestres
que, por sua participação na preservação
da capoeira, receberão bolsas no valor de R$ 900 por
seis meses. Em troca, os escolhidos vão dar depoimentos
em oficinas e palestras e contribuir com suas experiências
para estudos e publicações sobre a atividade.
De acordo com o mestre Camisa, fundador da Associação
Brasileira de Apoio e desenvolvimento da Arte Capoeira (Abadá-Capoeira),
a iniciativa é fundamental para despertar o orgulho
no povo brasileiro da sua cultura.
"O mais importante desse projeto é a proposta
social de enxergar a capoeira como uma ferramenta para o povo
abrasileirar sua cultura. O Brasil primeiro precisa se conhecer
e valorizar sua cultura para depois entender os elementos
de outras culturas que chegam aqui através do cinema
e da televisão, por exemplo", afirmou. Segundo
ele, a capoeira é praticada hoje por cerca de 40 mil
pessoas em mais de 100 países.
As inscrições para concorrer ao financiamento
devem ser feitas até 30 de setembro, pelo site:
www.capoeiraviva.org.br
As informações são do Portal
Terra.
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