Heitor
Augusto
Profissionais da arquitetura, moda
e design querem aproveitar o potencial da cidade e fortalecer
São Paulo como centro de produção. “Temos
de despertar as possibilidades invisíveis. Há
um potencial de consumo enorme a ser explorado”, avalia
Jum Nakao, estilista e autor do livro “A Conquista do
Invisível”.
A prefeitura demonstrou interesse em discutir modelos de
gestão para o segmento. Por meio da Secretaria Municipal
de Relações Internacionais, vai organizar o
seminário Design Made in São Paulo, no qual
profissionais, entre eles Nakao, vão propor saídas
para o crescimento do setor. Ainda incipiente, há o
esboço de um plano para criar incubadoras ou Arranjos
Produtivos Locais.
“As iniciativas que já aconteceram foram autônomas,
vieram dos empresários. Não há continuidade.
É difícil uma iniciativa de governo não
ser apropriada para uso político”, afirma Ronald
Kapaz, sócio-diretor da OZ Design.
Design como ferramenta estratégica
A reclamação corrente é a falta de incentivo.
“Falta estímulo ao crescimento do setor: repensar
os juros, criar compensações para quem exporta,
beneficiar quem atingir metas”, analisa Jum Nakao, que
encara a China como um modelo de país que se adaptou
às transformações geopolíticas.
“O design tem de ser introduzido como disciplina para
qualificação do produto para pequenas empresas.
O governo do Chile, por exemplo, está fomentando o
design”, diz Kapaz.
Para Nakao, se não houver mudança na gestão,
o cenário vai piorar. “A situação
aponta para uma falência para o setor de confecção.
Se não mudarmos, até 2010 vamos reduzir a produção
em cerca de 70%.”
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aqui e veja a programação do seminário
Design Made in São Paulo
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