O
maior sonho dos idosos é saber acessar a internet.
Segundo pesquisa do Datafolha, 41% demonstram vontade de estudar.
Quando indagados sobre o que desejam aprender, a resposta
vencedora é informática para poder navegar pela
web.
Apesar disso, apenas 12% dos idosos fazem algum curso e aprendem
coisas novas. A maior parte deles é excluída
digitalmente. Quarenta e cinco por cento têm computador
em casa, mas só uma parcela de 19% utiliza a máquina.
Apesar disso, a maioria acha positivo aprender a usar o computador
na terceira idade, e associa os benefícios desse aprendizado
à internet, vista e utilizada principalmente como fonte
de informações e conhecimento e meio de comunicação
com amigos e familiares.
A pesquisa será divulgada hoje durante a apresentação
do manual do Projeto OldNet,
que oferece inclusão digital a terceira idade. O Datafolha
ouviu 309 moradores da cidade de São Paulo, a partir
dos 60 anos de idade, para conhecer seus hábitos e
saber suas opiniões em relação ao uso
de computadores e da internet.
Atividades que mais gostam na internet
A maior parte dos benefícios citados, de forma espontânea,
estão relacionados à internet. São eles,
entre outros, manter-se informado sobre o que acontece no
Brasil e no mundo (24%), estabelecer comunicação
com amigos, familiares e outras pessoas (19%), obter conhecimento,
de modo geral (17%), poder pesquisar sobre assuntos diversos
(11%), pagar contas e realizar transações bancárias
sem sair de casa (8%), estudar (3%) e fazer compras online
(2%). Alguns dos outros benefícios citados são
exercitar a mente e o raciocínio (10%), utilização
do computador para trabalhar, mas também para se divertir
(9%, cada) e a sensação de se estar por dentro
do que é moderno, atual, novo (5%).Cerca de um quinto
(19%) diz utilizar internet, sendo que 17% têm acesso
em casa. Outros locais citados são o trabalho (7%),
casas de parentes e amigos (4%) e locais de acesso pago, como
lan houses (2%).
Vontade de aprender algo novo
A pesquisa mostra que a maioria (88%) dos entrevistados está
afastada de atividades educacionais atualmente. Declaram fazer
algum curso no momento ou participar de algum tipo de atividade
educacional 12%. Entre os que dizem utilizar internet, 22%
fazem algum curso – 5% estudam computação,
3% fazem cursos de idiomas. As mulheres são mais ativas
do que os homens: 16% delas fazem algum curso ou participam
de alguma atividade. Entre os homens essa taxa é de
apenas 5%. Idade, escolaridade e renda influenciam: entre
os que têm de 60 a 68 anos, 15% estudam no momento,
mesma taxa verificada entre os que têm renda familiar
mensal superior a dez salários mínimos. Entre
os que têm curso superior, 16% estão engajados
em algum curso no momento. Algumas das atividades citadas
são ginástica (3%), pintura (2%), computação
ou informática, dança, artesanato, bordado,
canto ou coral, idiomas, tricô, crochê, violão,
literatura ou cursos de redação e hidroginástica
(cada uma delas mencionada por 1%). Quando indagados se já
fizeram algum curso ou se participaram de alguma atividade
educacional depois de terem completado 60 anos de idade, 13%
respondem afirmativamente e 87% dizem que não.
Entre os que trabalham atualmente, 52% têm vontade
de participar de algum curso ou de aprender algo novo e 45%
não têm essa disposição. Entre
os que não trabalham, ocorre o inverso: a maioria (61%)
não quer investir em um novo aprendizado, enquanto
37% têm essa vontade. As mulheres (46% delas), mais
do que os homens (34%), demonstram vontade de estudar. Entre
os que utilizam internet, 56% têm vontade de participar
de algum curso ou de aprender algo novo, ante 37% que declaram
essa disposição entre os que não costumam
se conectar. Dos que têm vontade de aprender algo novo,
28% citam computação ou informática.
Veja
a pesquisa na íntegra
As informações são
do Datafolha.
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