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“Parabéns pela observação.
Eu, particularmente, não agüento mais ligar a
TV e ser bombardeada por informações exaustivamente
repetidas sobre o caso Isabella. Bom seria se essa consciência
fosse divulgada em "horário nobre" na TV.
Parece que as pessoas sem recursos financeiros não
sofrem quando enfrentam estes tipos de tragédia familiar!!!!
Aí não tem problema.”
Márcia - jpmrolim@uol.com.br
“É necessário
dizer que a violência contra a criança começa
nas varas de famílias dos tribunais, em separações.
O pai “passa a “ visitar” os filhos quinzenalmente
e isso é considerado normal pelos juízes. Há
uma confusão proposital entre relação
parental e conjugal. A mãe usa as crianças para
extorquir dinheiro do ex-marido e isso é uma violência
inominável.”
Thales de Azevedo Leite -
thales@palestras.com.br
“Educar é, em minha sincera opinião, a
arte, o ofício mais complexo. Os pais não demonstram
vontade de se atualizarem, reciclarem seus conceitos. No caso
de Isabella e de tantas outras crianças, vemos muitas
situações que nem sequer se questionam. Falam
da barbárie cometida supostamente pelo casal, mas enquanto
discutem, gritam com seus filhos, mandam que fiquem quietos.
Quanta hipocrisia!!!! Não estou aqui defendendo ninguém
e tampouco acusando. Condenar somente não resolverá
o problema. É preciso mudança comportamental.
Ser mãe (ou pai) melhor é e entender os filhos
melhor.”
Fernanda de Melo -
fernandas@polmil.sp.gov.br
“Concordo plenamente com o texto.
Claro que tal fatalidade não poderia ter passado em
branco pela imprensa. Porém, acho que todo caso de
violência contra criança deveria ter essa repercussão
e punição. É bom que a população
acorde e cobre providencias Toda criança precisa de
cuidado, carinho e limite para, no futuro, não se transformar
em autor deste tipo de crime.”
Ana Paula Nunciato, Boutiuva
(SP) - anapaula@magopac.com.br
“Não cuidamos das nossas
crianças. Elas vão crescer como a maioria dos
adultos brasileiros, que jogam lixo na rua( cada vez mais);
não respeitam leis de transito; furam as filas ( de
cinema, de banco, principalmente nos Jardins e em Ipanema)
e votam nos oportunistas”
Fabio Veiga - fveiga@engineering.com.br
“Excelente e muito oportuna matéria. Espera-se
que produza os devidos efeitos.”
Brenildo Tavares -
brenildo33@uol.com.br
“Isabella, Letícia, Márcia, Gabriela...
A atual configuração social demanda importantes
alterações nos papéis desempenhados (principalmente
pelas mulheres) no contexto familiar. Trabalhar, estudar,
administrar, prover o sustento da casa são atividades
igualmente divididas pelo casal. No entanto, a quem é
atribuída a função de educador? Sabemos
que, em seu desenvolvimento, a criança precisa de uma
figura de apego consistente em afeto e autoridade.”
João Paulo Santos,
Ponta Grossa (PR) - joaojust@uol.com.br
“Depois que escrevi estas linhas,
vi seu artigo entitulado "Isabella mora ao lado".
E é para estes "lados" que de fato não
olhamos!”
Marcel Alves Martins
-
marcel_martins003@hotmail.com
“Agora a polícia
já tem provas que levam a Serpente e a Cascavel para
o buraco. Eles escolheram ficar conhecidos pelo crime bárbaro
conhecido. Tenho mesmo é que orar pelas coitadas almas
desses infelizes.”
Rejane Januário
– rejanejanuario@hotmail.com
“Qual
o preço da consciência de um Advogado? Talvez
o valor dos honorários solicitados e aceitos pelo cliente.
Mas e a consciência do Advogado avô da vítima.
Quanto vale? Talvez o preço aceito e pago para que
o colega defenda o seu filho e tente deixá-lo impune
por ter ajudado a cometer um dos crimes mais bárbaros
que tivemos notícias até o momento.
Ruberval Profeta Ramos
de Araújo - ruberval-araujo@uol.com.br
“Parece-me uma imprecisão afirmar que ainda não
existem provas para condenar o pai e a madrasta da garota
assassinada. Acho fundamental e importantíssima a crítica
à histeria gerada por esse caso, em que pessoas, buscando
nisso um pretexto, saem às ruas para manifestar seus
sentimentos bestiais, promovendo linchamentos.”
Kátia Jucá
Bara – katiaj@uol.com.br
“Concordo com tudo que
você disse sobre a herança da menina Isabella.
Mas o que fez este caso despertar tanta atenção
não é o fato de ocorrer no seio da classe média.
Este caso é único no Brasil! Seu entorno subjetivo
não encontra precedentes na sociedade.”
Jorge R. Jesus Mutti
de Carvalho - jrmutti@terra.com.br
“Além da herança comentada pelo Gilberto,
creio que há outros aspectos importantes como mostrar
para as pessoas que é possível rastrear informações,
quando não se tem coragem de falar a verdade. Que há
pessoas ao redor do mundo de cada um, e que elas merecem respeito.
Que os órgãos públicos têm demandas
e as pessoas não deveriam deixar sua vida de lado para
acompanhar problemas tristes alheios com tanta voracidade.
E que ter filhos e levar uma vida digna, requer muita dedicação,
paciência e disciplina. Todos esses aspectos poderão
ser aplicados em qualquer condição social.”
Eloisa Jendiroba
-
jeloisa@terra.com.br
“Que herança? Em que mundo você vive? Este
crime foi apenas mais um. Por onde anda a mídia? Cadê
o povão e os políticos? Há os políticos
que estão brincando de investigadores de cartão.
Eles estão fingindo que não sabiam que, desde
que iniciou o tal cartão, sempre teve quem abusou.
Cadê a imprensa televisionada fazendo campanha para
pressionar os caras de pau de Brasília?”
Neide - n.aluvei@uol.com.br
“Eu sofri na pele os sopapos
que minha mãe dava em minha por qualquer motivo. Mas
indiferentemente dessa atitude, sou um homem que devo muito
a ela minha educação. Se foi errado ou não
ela com certeza jamais teria feito comigo uma agressão
de qualquer porte. Eu como homem poderia ter revidado, e nem
sei qual seria a reação dela. Bem ou mal ela
sempre teve o cuidado de me colocar bem cedo sabe aonde? Numa
escola.”
Dirceu Neife - dneife@uol.com.br
“O problema é justamente o oposto. As Isabellas
não moram ao lado de quem pode e tem o dever de fazer
alguma coisa. Elas estão na periferia e, umas ao lado
das outras, sofrendo todo o tipo de violência sem que
alguém se disponha a fazer algo porque, afinal, os
responsáveis estão somente educando. Não
se combate um problema da gravidade da violência familiar
contra crianças sem começar por onde o problema
mais ocorre.”
Fernando S B Nucci
- fnucci@globo.com
“Lamentável o tratamento demasiado que a mídia
tem dado ao caso Isabella, só porque ocorreu no seio
de uma família de classe média. Nas classes
menos favorecidas a agressão e a morte de clientes
são comuns e quase que diários.”
Amauri Callili - amauri.callili@asperbras.com.br
“Todos estes acontecimentos
tenebrosos envolvendo crianças servem para corroborar
uma antiga verdade: ter filhos é tarefa para quem está
devidamente preparado materialmente e emocionalmente para
tê-los. Nossa sociedade ainda se baseia em tabus imbecis
para justificar o fato de ter filhos sem este preparo. Qual
o resultado disto? Descobre-se que não se estava preparado
para abrir mão da liberdade, que não havia paciência
para agüentar choros e gritos, que é muito doloroso
gastar o dinheiro das baladas em fraldas e papinhas. Daí,
a criança passa a ser alvo da violência gerada
pelo arrependimento, pela imaturidade, pela falta de dinheiro,
pelo sexo feito sem proteção e responsabilidade.
Isso sem falar nos ciúmes gerados nos novos parceiros
e parceiras dos pais que, porventura, vierem a se separar.”
Eduardo da Silva -
eduardo_silva@vivax.com.br
"A família na condição de corporação
privada, passou a integrar na ordem de prioridade, o encantamento
por outras missões. Os pais já não olham
para a responsabilidade diante do filho enquanto processo.
Alguns sequer tiveram oportunidade de aprender isso. A ordem
do dia é se livrar do problema agora, sem olhar quais
os próximos passos da missão. Às vezes
a violência que sai, é motivado por uma que entra,
mas noutras vezes ela foi postada bem antes, e reside no play
list. É só clicar e podemos despertá-la.
O pensamento sobre a relação humana parece gradativamente
simplificado. E de tão simplificado, simplório.
Daí muitos evoluídos socialmente começam
também a acessar a intolerância, na condição
de moeda. Também posso ser grosso, não brinque
comigo porque também sou animal. Lá se foi o
principio básico do código civilizatório.
Quem ignorar isso, mas cedo ou mais tarde, vai acabar jogando
pela janela, também, sua Isabella.”
Carlos Bezerra, Rio de Janeiro
(RJ) - carlos.bezerra@memvavmem.com.br
“Isabella era uma criança
linda, branca, de pais com nível universitário.
Agora, casos como o da menina que teve língua e dedos
mutilados pela empresária são rapidamente esquecidos.”
Sueli Hoffman - sueliif@uol.com.br
“Acostumado a pensar logicamente,
não encontro em seu belo e pertinente artigo uma resposta:
por quê? Se um adulto é morto, há explicações:
tinha dinheiro, alguém o odiava E por que matar uma
criança? Porque o choro é irritante (e quantas
vezes é)? Porque é teimosa e não obedece
(e quantas vezes)? Por quê? O que pode levar uma pessoa
a matar uma criança, por mais chata que seja? Sinceramente,
eu gostaria de ter uma idéia. Confesso minha perplexidade
e, pior, minha incapacidade intelectual de explicar. A menos
que a resposta não se situe na ordem das razões,
e sim na de emoções - terreno no qual confesso
minhas perfeitas inépcia e ignorância.”
Murilo Leme - morpleme@gmail.com
“Quantos e quantos casos
de agressão familiar entre as classes menos favorecidas
já fazem parte das estatísticas, sem que nem
haja uma discussão a respeito. E, como tu mesmo disseste,
é preciso um caso extremo destes numa família
mais abastada, para que a discussão se faça.
Mas é aí que eu me pergunto: até quando
discutirão isso? Acho que nós, formadores de
opinião, poderíamos colaborar de alguma forma,
mas qual? Me sinto impotente quando olho para uma sociedade
que só está preocupada em fazer parte de um
filme policial, apostando no assassino, quando na verdade,
trata-se da vida real! Neste caso Isabella, parecia que o
povo havia assistido a um filme, e estava tentando descobrir
no final quem havia matado quem. Que absurdo!”
Claudia Hermann, Porto Alegre (RS) - claudia.herrmann@pallotti.com.br
“Isabela repete Daniella Perez? Há quinze anos
o silêncio e a cumplicidade do marido de uma louca colocou
os dois na cadeia por um crime hediondo. Será que a
cena se repetiu no caso Isabella? Pelo menos é o que
diz a polícia que, assim como naquela época,
só seguiu uma linha de investigação.
Aquela que a mídia escolheu como a que absorve mais
a atenção do público leitor e telespectador
para vender jornal, revista e aumentar a audiência.
Ou a que mais fácil absorve a atenção
que vinha sendo ocupada por outros assuntos que precisavam
ser abafados.”
M. Pacheco - mpacheco@onossobairro.com.br
“O caso Isabella é diferente, devido o massacre
da imprensa. Quem fez do caso um show foi a mídia,
principalmente a televisiva. Me indignou, desde a divulgação,
a cobertura da televisão com "jornalistas"
dia e noite correndo atrás do suspeito casal. Isso,
para mim, de jornalismo decente não tem nada. Tem sim
sensacionalismo barato, sem respeito a dor dos familiares
pela perda tão traumatizante. Se os culpados são
o pai e a madrasta, até que se prove, ninguém
tem o direito de atirar pedras. Cabe a ela o papel de divulgar
os fatos elucidativos, não tumultuar, quase que convocar
a população para estar presente e emitir opinião
ilustrando as matérias divulgadas. Ora, senhores da
mídia, analisem bem as sua condutas. Não defendo
a impunidade, mas o destaque que a mídia está
dando ao caso Isabela é de tribunal de inquisição.
Cabe à justiça apurar os fatos e condenar, se
for o caso. Abaixo o sensacionalismo barato que em nada contribui
para o bom jornalismo.”
Maria Amelia F. de
Araújo - MariaAmelia@mec.gov.br
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