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“Na minha opinião,
preconceituosos são os petistas, que partem da premissa
de que todos são maus e eles são os bons. Ou
seja, quem não é petista, em sua visão
tacanha, não presta. São mestres na crítica,
sempre destrutiva, mas não a aceitam de forma alguma,
já que se consideram iluminados, perfeitos, os senhores
da verdade. Marta Suplicy não é vítima
de preconceito. Éantes de tudo, preconceituosa e arrogante
ao ponto de não aceitar ser criticada”,
Darci Debastiani - Blumenau-SC
-darcidebastiani@terra.com.br
“O senhor foi um dos maiores
propagadores de preconceitos contra a Marta. O Brasil, após
o dilúvio, quer dizer, FHC, é o único
país do planeta onde o capitalismo não tem risco,
pois os riscos foram postos na cacunda do povo, tal como o
imposto-apagão, cujo apagão simboliza a negrura
do período de trevas que foi o governo de FHC, homem
do governo norte-americano, logo, inimigo do Brasil. É
por isso que no Brasil os norte-americanos não têm
de usar seu exército mercenário para invadir.
Aqui eles têm os tucanos, essa maldição
que somou a ladravaria e torturaria da direita com a torturaria
e prepotência estalinista. Cansei da propaganda trucanalha
e da falta de cobertura do governo estadual, sempre visto
como santo: santinho do pau-oco”,
Saralina - slosi@terra.com.br
“Concordo com quase tudo
que li, a não ser com a idéia de preconceito
em si. Explico minhas razões. A definição
do que seja esse preconceito não é clara. Afinal,
quatro anos atrás, Marta Suplicy foi eleita por ampla
maioria em segundo turno. Não apenas contou com os
votos dos paulistanos, mas para conquistá-los teve
o apoio maciço da imprensa - inclusive, e surpreendentemente,
do jornal O Estado de São Paulo, diário conservador
que defendeu, em editorial, o voto em uma candidata petista.
Portanto, se preconceito havia contra a idéia de eleger
uma mulher para dirigir a maior cidade do país, foi
vencido por outra idéia, ainda mais poderosa: a de
que Marta Suplicy reunia condições morais, competência
política e capacidade administrativa para resgatar
São Paulo. O apoio que ela teve, raros políticos
tiveram na história de nosso país.
A administração de Marta Suplicy parece ter
mais qualidades do que defeitos. Não fora assim, ela
certamente não estaria hoje no segundo turno das eleições
paulistanas. E devo acrescentar que faço essa afirmação
na condição de morador de Curitiba. Nas várias
ocasiões em que estive em São Paulo nos últimos
quatro anos, ou mesmo por intermédio de amigos que
aí vivem, pude confirmar que as ações
da administração municipal são, em grande
parte, positivas para a cidade.
Portanto, o problema, deduz-se, é a própria
candidata e a maneira como se conduz, pessoalmente, na condição
de prefeita-candidata. A vida pessoal de Marta Suplicy é
algo que diz respeito somente a ela. Mas o mesmo já
não se pode afirmar em relação à
permissividade com que a expôs na imprensa. Adicionalmente,
no campo político o apoio consentido de Paulo Maluf
a ela é, em minha opinião, prova mais que suficiente
de certa disposição para vencer as eleições
a qualquer custo. Desconheço a leitura que o povo de
São Paulo possa fazer dessa associação.
Mas aqui, à distância, ela é reveladora
de uma maneira de fazer política que em nada condiz
com a candidata eleita quatro anos atrás. Para usar
um dos jargões tucanos do período de FHC, Marta
Suplicy se fulanizou.
Por fim, seu oponente, José Serra, parece um homem
preparado para enfrentar o desafio de governar São
Paulo. E aqui talvez resida, mais que em qualquer suposto
preconceito, a razão para a situação
que vive a prefeita. Para a maioria dos paulistanos, consultados
em pesquisas de intenção de voto, José
Serra é, pura e simplesmente, um candidato a prefeito
melhor que Marta Suplicy. Tempo para julgar, os paulistanos
tiveram. Daí que não me parece se tratar de
um pré-conceito”,
David Campos - david.campos@terra.com.br
“Ainda existe, sim, muito
preconceito contra as mulheres, o que é comprovado
através de estatísticas, que mostram, por exemplo,
que apesar de possuir maior escolaridade que os homens, elas
ainda recebem menores salários e se mantém longe
dos cargos de comando!!
Porém, o que é mais absurdo é quando
este preconceito é praticado por outras mulheres!!
Segundo as pesquisas, Marta tem uma rejeição
bem maior do que o Serra entre o eleitorado feminino!! E ela
não é julgada pela administração
da cidade, mas por fatores de caráter pessoal (é
muito vaidosa, antipática etc).
Como mulher, fico indignada com este fato, que comprovo no
meu dia-a-dia como executiva de uma grande companhia, através
da qual tenho contato com diversas empresas de vários
setores !! Já ouvi inúmeras vezes mulheres afirmarem
que preferem trabalhar com homens, que odeiam ter como líder
outra mulher !!
Como as mulheres esperam ser respeitadas, reconhecidas, com
este tipo de atitude?!!”,
Elisabeth Fernandes
- beth_fro@hotmail.com
“Votei no PT sempre, porém
ficarei satisfeito com a derrota da Marta. Quem sabe com isso
acontecendo o sr. Lula acorde e cumpra suas promessas de campanha?
Chega de ser enganados, o povo não é tão
bobo, quanto estes velhacos imaginam”,
Luiz César -
tgc48@bol.com.br
“Fico pasma de ver como
você constantemente elogia a prefeita Marta, mesmo quando
as suas propostas são eleitoreiras, como a de abrir
(após quatro anos de governo) o comércio aos
domingos. Claro que você tem o direito de ter a sua
opinião, mas pretende no caso, ao que me parece, ser
isento, o que não está conseguindo.
Dizer que Marta sofre preconceito por ter se separado e casado
novamente considero demais. Acho que somos responsáveis
pelas atitudes que assumimos, e pela forma como a divulgamos,
principalmente em se tratando de pessoas públicas.
O que não dar é para delirar com a atitude e
depois se fazer de bacana usando, apenas usando, o ex-marido
para ficar bem na fita. A arrogância da Marta sim (típica
de garota mimada) é o que incomoda.
Infelizmente, Marta achou que podia tudo e quando percebeu
não deu mais para consertar. Voto há anos no
PT, mas desta vez não vai dar, pois não vejo
mais a diferença do partido em relação
a outros, o que sempre defendi”,
Cecilia Cardoso - mcfcs@terra.com.br
“Leio sempre sua coluna
e ouço-o na CBN. Pára de fazer média.
A administração da Marta só não
é um fracasso se a compararmos com o horror do Pitta.
De resto, ela não passa de mais uma das freqüentadoras
da Daslu e similares, com a afetação típica
das “Mulheres Ocas” tão bem descritas pelo
poeta”,
Marcos Amaral - mjta@terra.com.br
“Quer dizer que a mulher para
se livrar do preconceito tem que ser habilidosa e humilde?
Não é que sendo assim enfrente melhor, é
que aí as pessoas ficam tratando as mulheres assim
como: "é, aconteceu isso com ela mas, coitada!
ela é tão simpática, trata as pessoas
tão educadamente..." aí passam a aceitar
a mulher melhor.
Sabe, estou chegando à conclusão de que político
bom é aquele que é arrogante mesmo, que não
fica dando tapinhas na costa do eleitor e que não é
simpático com jornalista, pois esses não devem
ter rabo preso com corrupção e a enganação
que a maioria faz na política.
Ela deve estar triste mesmo
por saber que não precisa ser honesta neste país
para ser político respeitado. Tem que ser é
babaca e bajulador da imprensa. E isso dá uma sensação
de impotência em mim, que não sou candidata.
Imagine em quem é”,
Vera Correa - vera.correa@terra.com.br
“Esta história
de preconceito é ridícula, e admira um colunista
de seu porte concordar com uma desculpa para a eminente derrota
de Marta. Mas fazer o que, opinião é opinião,
e cabe a cada um a sua”,
Wilson Júnior, Blumenau-SC
- dolores.bnu@terra.com.br
“Não acredito que
Marta seja vítima de preconceito. Tenho certeza, isso
sim, que ela é uma péssima prefeita, e, por
esse motivo, irá perder a eleição”,
Antonio Carlos de Morais
- acmorais@pop.com.br
“Quase chorei ao ler que
esta ilustre prefeita é vitima. De raiva, seja bem
dito. Vemos um jogo de caras e bocas contra o eleitor e esta
hipocrisia agride e não comove”,
Ubiratã G. Caldeira
- ubirac@ig.com.br
“Em São Paulo,
a eleição está nas mãos de São
Pedro. Explico: se não chover no super-feriado de 28/10
a 02/11, o PT espera que toda a classe média, os funcionários
públicos municipais, enfim, todas as pessoas que votaram
no Serra no 1º turno saiam da capital e priorizem as
praias e campos ao ato democrático do voto. Já
estão fazendo cálculos e levantamentos, na certeza
de que vão ganhar. Só precisam acender vela
pra São Pedro e cigarro para Santa Clara. O resto,
tipo propostas, administração competente, visão
estratégica, postura democrática, é só
resto...”,
Denise Prado - deniseprado10@hotmail.com
“Dimenstein, suas palavras
em defesa de Marta Suplicy me enojam. Prefiro você vestindo
sua verdadeira camisa: a do PSDB. Seu discurso pró
PT são lamentáveis”,
Fernando Bastos
“O preconceito, a meu ver, não
passa de uma auto-imagem que esses eleitores encontram nela,
e é possível qualquer um entender este ponto
de vista quando observamos o comportamento das pessoas no
dia-a-dia. Dirigindo pelo trânsito da cidade de São
Paulo percebo que, para conseguirem um espaço, as pessoas
têm a necessidade de se impor, pois aqueles que estão
num carro de porte médio ou grande, não acionam
a seta para mudar de faixa, virar à esquerda ou direita,
ou seja, não respeitam a sinalização.
Transito com freqüência pelos bairros da Mooca
e Tatuapé, e nos últimos anos cresceu muito,
principalmente no Tatuapé, uma classe social de maior
poder aquisitivo e é nítido o comportamento
arrogante dos motoristas e moradores da região. Assim
como noto também nos Jardins, Itaim, Moema, Vila Mariana.
Ao usar o metrô linha verde (Paulista) a gente percebe
forte comportamento arrogante dos usuários dessa linha
em relação aos das demais. Em determinados cinemas
e teatros, parece que alguns espectadores estão indo
a um baile de gala e olham os demais com desdém, quando
não os ignoram totalmente.
Às vezes me vejo agindo
desse modo, então percebo que está se tornando
a prática da classe média, ser arrogante e desrespeitosa
com o restante da população. Mas isto nos ofende
e então ficamos ofendidos em ter uma prefeita que é
a nossa cara. Porém, não queremos isso, muito
menos estamos interessados em mudar nosso comportamento. Que
a culpa seja dela e continuemos como um avestruz. Mas será
que o Serra é tão diferente? E será que
esses adjetivos são suficientes para desqualificar
uma prefeita?”,
Walmir Xavier Cotrim
- cotxa@ig.com.br
“O
que dói mesmo não é o preconceito. Todas
as mulheres sofrem preconceito, em maior ou menor grau. Nem
mesmo a rispidez, a arrogância, porque as mulheres às
vezes precisam se exacerbar para subir os degraus do poder.
Nem a obsessão pela aparência, que a elitiza.
Dói mesmo é o alinhamento com o Maluf. Para
ganhar eleição vale tudo também para
o PT? Mudei de idéia, adeus Marta Suplicy, muito contra
vontade, vou votar em Serra”,
Sulema - sulemab@hotmail.com
“Depois dessa que vemos na foto,
zerou-se , no Brasil, de forma definitiva e inexoravelmente,
a contabilidade da falta de ética, da corrupção,
da falta de vergonha na cara, da trampolinagem, do arrivismo...
Maluf disse, em campanha, que São
Paulo não agüentaria mais quatro anos de Marta.
Duda Mendonça, preso por crime ambiental, inafiançável,
sai da cadeia em poucas horas, livre, leve e solto, enquanto
um "habeas corpus" ordinário (em todos os
sentidos, porque os pobres não são Dudas ...)
pode levar até 85 dias para ser julgado (como alguns
que eu impetrei e outros que eu vi na pilha do Tribunal de
Justiça para serem decididos) .
O presidente do Banco Central, que
é do PSDB (!!!), pego com a "boca na botija"
sonegando impostos e mantendo contas milionárias no
exterior (só o Maluf?), foi guindado a "status"
de ministro, para ser julgado no Supremo Tribunal Federal,
onde Lula parece ter "maioria" ...
Como educar nossos filhos e netos, com um Brasil corrupto,
miserável e desgraçado (no sentido de terem
caído sobre ele as maiores desgraças do mundo)
como esse?
O PT veio para mudar! ... Mudou mesmo, mas tudo para bem pior!
Quem poderia imaginar Maluf e PT amancebados?
Enfim, zerou a contabilidade
da corrupção política no Brasil! Salám!”,
Carlos Tebecherani Haddad
- carlos.haddad@iron.com.br
“Na minha opinião,
preconceituosos são os petistas, que partem da premissa
de que todos são maus e eles são os bons. Ou
seja, quem não é petista, em sua visão
tacanha, não presta. São mestres na crítica,
sempre destrutiva, mas não a aceitam de forma alguma,
já que se consideram iluminados, perfeitos, os senhores
da verdade. Marta Suplicy não é vítima
de preconceito; é antes de tudo, preconceituosa e arrogante
ao ponto de não aceitar ser criticada”,
Darci Debastiani, Blumenau-SC
- darcidebastiani@terra.com.br
“Respeito a sua opinião,
mas discordo da essência. Marta nunca teve afinidades
com o ideário petista, portanto, sempre foi vista como
uma anomalia dentro do partido, bem como o seu ex-marido.
Foi eleita graças ao sobrenome que estranhamente conservou
mesmo depois de ter separado do marido, e também graças
ao governo estapafúrdio do sr.Pitta, que foi absolutamente
impedido de governar pelo próprio PT. A rejeição
à prefeita tornou-se mais acirrada a partir do momento
em que a população descobriu que ela preferia
as delicias da vida parisiense ao seu trabalho de governar
uma cidade caótica e miserável como São
Paulo. A arrogância e o cinismo apareceu quando a patuléia
começou a cobrar dela o cumprimento das propostas de
campanha, tais como o "Projeto Belezura", que aliás,
nunca foi cumprido. É bem verdade que a estereotipagem
que temos dos argentinos não ajudou a entrado do sr.Favre
no cenário. Mas pessoas ditas "cultas" deveriam
conhecer e antecipar estes problemas. Resumindo, se Marta
tivesse tido um pouco mais de competência, independentemente
do seu sexo, ela provavelmente estaria muito melhor nas pesquisas.
Transferir a culpa para outros neste momento da eleição
é subestimar a competência do Serra”,
Cloves Soares de Oliveira
- sway45@hiway.com.br
“Eu, vergonhosamente,
votei na Marta. Mas foi um erro cometido apenas uma vez, ela
se demonstrou uma péssima administradora. O descaso
com o povo talvez seja sua maior marca. Infelizmente, um sistema
arcaico de transporte com um beneficio que poucos usufruem
fez com que ela ainda pudesse chegar ao segundo turno. Sei
que Serra não fará nada de melhor. Mas quanto
à Marta, só não a acho como tenho certeza
de que ela é uma péssima prefeita para nos governar
por mais quatro anos”,
André Costa
“Inarredável a evidência
de que há um preconceito contra a senhora prefeita,
estigma de que ela não soube se desvencilhar. Ao contrário,
com excesso de autoconfiança, não estabeleceu
uma estratégia deliberada com esse objetivo. No entanto,
não foi sempre assim. Na última eleição
- enfrentando Alckmin e Maluf - ela era tida como simpática
e bem comunicativa. A prefeita superou as expectativas quanto
à sua capacidade gerencial - item sensível à
ideologia da eficiência cultivada em São Paulo.
Então, por que prosperou o
preconceito? Ouso formular uma hipótese, para além
do aspecto freudiano, revolto com a separação
dela, que mexeu com profundezas do universo feminino de classe
média brasileiro e, em especial, paulistano. Sem subestimar
esse fator, penso, entretanto, que a rejeição
à prefeita foi construída pela mídia,
mais especificamente pela Folha de São Paulo, ao longo
dos últimos 3 anos e meio. A Folha - que é disparado
o melhor jornal do Brasil - pauta muita coisa do momento político,
sobretudo em São Paulo. Imagino que a Prefeitura de
São Paulo, sob Marta, não tem sido generosa
com anúncios no jornal, pelo menos na mesma escala
do governo estadual - e isso tem definido o humor do jornal,
ensejando pesquisas e matérias visivelmente contrárias
à prefeita, deixando de enfocar pontos que eventualmente
não agradaria o governo Alckmin.
Não é necessário
falar bem, basta omitir os pontos negativos... Não
precisa grande esforço para detectar isso: quando,
na atual campanha, são colocados lado a lado, o espaço
de Serra é de vitória e sorriso; o de Marta
não soma, desgasta.
Não sou petista, mas pela mudança do Brasil.
Por exemplo: gostaria que Marta - pelo mérito - completasse
a sua obra em São Paulo.
Por fim, acho normal o jornal Folha de São Paulo posicionar-se.
E deveria fazê-lo abertamente, como os grandes diários
americanos estão fazendo na eleição dos
Estados Unidos. Essa feição avenida paulista
quanto ao enfoque econômico e Higienóplis quanto
ao enfoque cultural, sobretudo aos cadernos especiais, mesclada
com um grupo de articulistas de alto nível, pretensamente
independentes (e, não raro, arrogantes em suas análises),
confere ao jornal uma posição única no
Brasil, quiçá na América Latina, que
merece ser lido”,
Francisco Martins Benvindo,
Brasília-DF
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