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“Não basta apenas
redobrar o policiamento nas ruas, pois após passar
a comoção, tudo voltará ao que era antes.
Quantos apenas necessitam de uma pequena oportunidade para
mudar de situação?
Leo Strumillo - leostrumillo@directnet.com.br
“Todos nós, paulistanos,
estamos com um grito entalado na garganta, e não é
de
hoje. Por que este medo de ir às ruas e soltá-lo?
Reparou? Temos medo de
tudo, até de expressar nosso desespero. Pura impotência.
Ainda mais quando
constato que o PT está fazendo uso político
do assunto. Até forjar discurso
de falso morador de rua eles conseguem. Nem quero imaginar
o que acontecerá
quando todos esses gritos reprimidos se soltarem”,
Elza Nespatti -nespatti@uol.com.br
“O Grito está em
São Paulo há muito tempo. Ele é percebido
mas não escutado. Duvido que nossos governantes, qualquer
um deles, imersos em sua fúria arrecadatória,
conseguira escutar ou perceber, pois na verdade, eles não
se importam. Essa pseudo democracia de mercado já foi
longe demais. No caso do Brasil dura 500 anos, e continuará
produzindo gritos”,
Afonso de Luca - fonthor@uol.com.br
“O que me preocupa e às
vezes me entristece, é que leio todos os dias denúncias,
acusações a esta cambada do PT e ninguém
faz nada. Por muito menos mandaram Collor para fora do poder.
A maioria que conspirou contra foi o próprio PT, e
agora esta bandalheira, estas mentiras. O que mais me enoja
é que quem colocou este incompetente no poder foram
os estudantes “filhinhos de papai” que são
contra tudo; não sabem o quê, mas são
contra, e os funcionários públicos que acreditaram
no mentiroso que ia à frente da televisão fazer
bravata, mentir. Eu tenho 50 anos. Acreditei neste país,
mas vejo que o tempo passou e esta droga continua na mesma.
Arrependo-me por não ter ido embora quando era jovem,
pois tenho certeza que hoje estaria bem melhor” ,
José Saez Neto
– saezneto@brturbo.com
“Nos acovardamos durante séculos
e nos acostumamos com a mendicância e com a indigência.
Até ontem, eram simplesmente mendigos. Hoje são
"moradores de rua". É um nome politicamente
correto, afinal, é um crime contra os bons costumes
chamar publicamente um indigente de mendigo. Somente nas reuniões
regadas a vinho e iguarias de primeira que, quando sobra,
alguma "boa alma" vai dar o resto aos mendigos.
Se é que vai. Só agora, depois de espancados
com requintes de crueldade, e com o espetáculo da cobertura
da imprensa, é que nos demos conta de um fato que,
ao que me consta, não existia. Eles nunca sofreram,
passaram a sofrer semana passada. Só agora, depois
de espancados, incendiados e envenenados, reparamos em pessoas
que, há séculos, são devoradas pela fome,
pela indiferença, pelo alcoolismo. São comida
apodrecida de rato. Quantos "passa pra lá!!!"
você já viu um indigente tomando sob os olhares
divertidos de crianças que crescem com a imagem de
que "aquilo" é "coisa".
Agora, nós assassinos, promovemos
o espetáculo da indignação nos meios
de
comunicação. Somos tomados de piedade e de nojo.
Nojo de quem? De quem matou?
Mas eu matei e você matou. Por
que o espanto agora? Promovemos espetáculos ecumênicos,
discursos inflamados. Damos assuntos aos futuros debates dos
candidatos à prefeitura da cidade. Até que enfim
terão um assunto novo. Autoridades de todas as instâncias,
em todos os níveis, prestaram suas condolências
com os olhos rasos d'água.
Não tente me convencer
que eu não tenho nada com isso porque eu sou um ser
tão desprezíel como você. Eu nunca fiz
nada. E você?”,
Anderson - anderson54@ig.com.br
“Concordo plenamente com
o que expôs. Faz lembrar, entre outras, a reação
do Lula, durante a campanha, quando ofendeu Regina Duarte,
dizendo que ela estava era com inveja das atrizes jovens da
Globo, quando ela, no exercício do livre pensar e dizer,
manifestou seu medo do rumo que seria dado ao Brasil se Lula
vencesse. Não sabe conviver com os diferentes e tenta
desclassificar o argumentador, em vez de discutir, sadiamente,
o argumento. Logo ele, que se auto proclama um exímio
negociador”,
Leda - ledact@uol.com.br
“Acho que os dois exemplos
que você no artigo “ O Grito está em São
Paulo” não têm propriamente relação
com exclusão social!! E se a chacina dos moradores
de rua tiver sido feita por neonazistas, hipótese bem
plausível, não é? Não me consta
que eles sejam excluídos! Se você prestar bem
atenção, quem faz este tipo de seqüestro
está muito longe de ser um excluído social -
tem esperteza, planejamento, apoio logístico e tática.
O dinheiro ganho não é gasto para endireitar
a vida, estudar ou trabalhar. É freqüentemente
gasto com carrões e com drogas. Estou cansada de ver
filhinhos de papai, nem um pouco excluídos sociais,
se drogando! Então, me pergunto: será que a
natureza humana tem remédio?”,
Anita - anita@pantron.com.br
“Collor, FHC e Lula são
os responsáveis pelo fascismo no qual estamos vivendo
hoje. Precisamos de homens honrados e patriotas para nos governar.
Sendo assim, sairemos desse atoleiro que nos colocaram”,
Carlos Pereira Borges Júnior
- carlos.borges@camara.gov.br
“Pintamos uma cidade com
malfeitores nos cercando, em meio a um contingente de miseráveis
de fora de uma festa para que não foram convidados.
Eu lhe pergunto de quem seriam os maus modos. Dos ratos que
vivem das sobras ou roubam este ou aquele prato da festa,
ou dos próprios convidados, esbaldando-se em um banquete
realizado em um navio indo a pique? Como pudemos nos afundar
em tamanha amoralidade? Comparando-nos com a Inglaterra do
séc. XIX, pelo que vejo na mídia, podemos nos
deparar, a qualquer momento, com entrevistas de um novo Jevons,
um outro Marhall ou quiçá com a política
econômica delineada pelo Adam Smith ou David Ricardo
de nossos tempos. Crianças raptadas no meio da noite.
No entanto, parecem mesmo precisar de um novo Dickens para
contar suas histórias”,
Tiago Amaral - tiagoam@yahoo.com
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