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“Tenho doutorado e pós
doutorado, feitos na USP com bolsa da FAPESP. Atualmente,
sou professor "paulista" de uma universidade privada
no Tocantins. Tenho uma sugestão; vender ações
na Bovespa para investimento em pesquisa. Será que
alguém compraria?
Edson Silva-
erobertosilva@uol.com.br
“Temos que acabar com
o mito de que apenas investindo em educação
teremos grande parte de nossos problemas resolvidos. Estamos
investindo fortunas, pessoais e do governo, para formarmos
engenheiros e outras carreiras, para no futuro estes se tornarem
motoristas de táxis ou jardineiros. Criou-se o mito
de que o “diplomado” será bem sucedido
na vida. A quantia de doutores absorvidos pelo mercado é
uma fração mínima do número dos
que são despejados todo ano”,
Elton Oliveira- konimed@terra.com.br
"Eu diria até que trata-se de uma forma velada
de exilar os intelectuais do país”,
Ana Claudia de Paula
- anadepaula@io.usp.br
“Não basta apenas
ter abundante capital humano para ter crescimento. O que refuta
as toneladas de bobagens que o Banco Mundial insiste em dizer
a esse respeito, e que no Brasil são consideradas muito
charmosas. No entanto, pesquisa não é necessariamente
transformação de conhecimento em riqueza econômica.
Pelo amor de Deus! O ser humano não é só
riqueza econômica!!!!”,
Jeremias Perez- jeremias_tp@yahoo.com.br
“Os doutores começaram
a ser punidos com o desemprego com algumas mudanças
no Sistema de Educação do Brasil. Agora, não
é mais necessário doutorado ou mestrado para
dar aulas em universidade, basta especialização.
No final do ano, na universidade onde estudo, foram demitidos
grande parte dos doutores”,
Fátima- fatredivo@hotmail.com
“Não sei o porquê
do espanto, considerando que o presidente da República
é um semi-analfabeto e foi livremente eleito pelo povo.
Tudo está dentro da mais perfeita lógica”,
Ronaldo Pinto da Silva-
ronaldo@enfil.com.br
“Sou economista e pós-graduado
em métodos estatísticos computacionais. Após
minha graduação, em uma universidade federal,
passei por períodos extremamente difíceis, sem
lugar onde trabalhar. Mas, como eu poderia me considerar um
desempregado se eu ainda não havia tido a chance de
me inserir no mercado de trabalho? Teriam que criar uma nova
categoria para definir os ”sem empregos". Confesso
que, por um momento, quase decidi me tornar um revolucionário
e criar o "movimento dos sem empregos", mas não
tive forças, entrei em depressão. Lutava pela
minha própria sobrevivência, porém sem
chance, sem norte, sem auto-estima. Ocorreu o previsível,
o Brasil ficou sem mim; sem meu retorno como cidadão
que sempre teve seus estudos financiados pela sociedade brasileira.
Quem saiu ganhando? Mais uma vez a "sociedade americana",
ou mais precisamente uma corporação no estado
de Connecticut-EUA. Receberam um profissional a custo zero.
Há quatro anos aplico tudo aquilo que aprendi no Brasil
(pago por contribuintes brasileiros) em uma empresa americana.
Hoje, ajudo a esta empresa a crescer, solucionar problemas
e ter mais lucro. Ganhei aquela chance que eu tanto sonhara,
trabalhando em minha área de formação,
reconhecimento e, acima de tudo, ganhei minha auto-estima
de volta. E o que o nosso Brasil ganhou? Infelizmente, só
perdeu... Quem sabe possamos mudar a direção
dos ventos e soprar de volta os talentos que deixaram nosso
país? Sonho todas as noites em poder voltar ao Brasil,
ao seio de minha família e amigos. Seria perfeito poder
continuar a crescer como pessoa e poder ajudar a criar uma
sociedade brasileira mais justa e digna”,
Fabiano S. Ferreira, Estados
Unidos - f.ferreira@donhamcraft.com
“Fico pensando, do que
adianta ter programas de vacinação, doação
de alimentos, se não há investimento no aprimoramento
do ser humano”,
Vânia Peal- Vania@a2zliquidation.com
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