“A inoperância de nossos
governantes em elaborar políticas sociais para se criar
um ambiente mais digno para as famílias pode ser vista
no atestado de incompetência que está sendo assinado
por aqueles que defendem o aborto como solução
para a criminalidade. Políticos incompetentes, policia
corrupta, pais muito mais preocupados com suas vidas profissionais,
não são pautas quando se trata do aborto. Não
conseguimos resolver o mal da criminalidade? Então,
mata-se o mal pela raiz. Não conseguimos resolver o
mal das drogas? Vamos legalizá-las. Se não conseguimos
resolver os problemas de assassinatos, porque não permite
que as pessoas se matém, assim teríamos uma
sociedade mais tranqüila. Os atalhos nem sempre nos levam
para o destino que queremos.”
Paulo Sergio Feitosa Martins,
Picos (PI) -paulorev30@hotmail.com
“Concordando ou não com os autores, é
interessante a leitura do livro Freakonomics (provavelmente
você já deve ter lido), que mostra de uma forma
científica esta correlação violência
x filhos indesejados.”
Bruno Vietti, Sorocaba (SP)
- bvietti@gmail.com
”Também concordo com você e com o manifesto
do governador. Hipocrisia da igreja e de setores da esquerda
que não querem enxergar que grande parte do aumento
da criminalidade em áreas pobres é causado pelo
excesso de crianças abandonadas. Aos milhares. Sem
comida na hora certa, sem pai e mãe presentes, alcoolismo
de pais desempregados, de mães adolescentes da cultura
formada com a própria violência, etc..
Existe bandidos em classes sociais mais altas? Claro que existe!
Mas a classe média e alta já não têm
tantos filhos. Conseguem planejar . Até que enfim esta
discussão vem à tona.”
Maria Helena Correa - mahcorrea@uol.com.br
”O que se deplora no discurso do governador do Rio não
é a platitude de que a reprodução inconseqüente
e desassistida provoque graves problemas sociais, mas sua
proposta para resolvê-la: o criminoso e indefensável
aborto.Educação sexual e disponibilidade de
métodos contraceptivos, esses, sim, são opções
moralmente louváveis e juridicamente legais.
Outra coisa, que você não
citou, foi a questão da descriminação
das drogas defendida pelo governador. Como ele não
é burro e sabe que isso depende de consenso internacional,
sobretudo das nações mais ricas, é ocioso
teorizar sobre algo inviável. Sérgio Cabral
derrapou feio no preconceito sócio-econômico
e se estabacou todo no brejal da preguiça. Lamentável.”
Marco Antonio Dourado -
dourado4@gmail.com
”O tema já foi inteligentemente abordado no livro
Freakonomics de Steven Levitt.
Concordo com Cabral, aqui em São
Paulo onde moro há exemplos que quando vejo penso como
será aquela pessoa daqui há dez anos!”
Renato Souza - renatofortran@gmail.com
“A questão não é ter ou não
razão do ponto de vista estatístico, social
ou tecnicamente falando que seja! A questão é
que o Governador de um Estado (talvez "O") com sérios
problemas de segurança pública, educacional,
de moradia de oportunidade de trabalho etc. etc., vem a público
apresentar a lógica de inversão de culpabilidade,
transferindo para as vítimas do Estado a culpa pelas
responsabilidades destes não cumpridas.
O raciocínio de Cabral seria lógico se o Estado
proporcionasse as condições devidas (especialmente
de educação, latus-senso) para que as mães
decidam racionalmente se querem filhos, quantos querem, os
jovens possam escolher suas carreiras profissionais, as crianças
em que brinquedo brincar ou que livro ler etc. Não
parece mais lógico?”
Leonardo Leão, Recife
(PE) - leonardo@developtec.com.br
“O problema é que a mídia em geral (vide
o comentário do ombudsman da Folha de ontem 25.10.2007)
tende a tratar do assunto de forma passional e parcial, não
conseguindo enxergar nada de correto nas declarações
do governador. Lógico que o que ele disse não
é determinante, mas tem a sua parcela de influência
e o assunto deve ser tratado de forma séria, sem os
radicalismos de ambas as partes.”
Gustavo -
gugamatias@uol.com.br
“Pelo que entendi da sua matéria: “Por
trás de todo o criminoso há uma falta de perspectiva.
O problema mesmo é a história de desestrutura
familiar dos jovens combinada com a ineficiência policial.”
Qual é o papel das políticas públicas?
Por que não falou da responsabilidade do governo? Nós
não temos nenhuma responsabilidade?”
Lucas de Moraes Foster -
ldmfoster@PREFEITURA.SP.GOV.BR
"Os comentários de Gilberto Dimenstein sobre as
idéias eugênicas do governador do Rio de Janeiro
não poderiam ser pior. Dimenstein sugere que o governador
esta certo: alta fertilidade entre as mulheres da favela explica
a criminalidade. O que surpreende é um jornalista sério
como Dimenstein concordar com os comentários do “nazigovernador”
Cabral.”
Jaime -amparoalves@gmail.com
“Só escrevo para apontar-lhe, se é que
já não o sabe, que a tese por você exposta
na coluna em questão foi largamente estudada e, ao
fim, comprovada por Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner no
livro “FREAKONOMICS”, capítulo 04 “Onde
foram parar todos os criminosos?”. Nele, os autores
demonstram, estatisticamente, que foi a partir de 15 anos
após a liberação do aborto no EUA que
a criminalidade que assolava o país começou
a reduzir.”
Lawrence Wengerkiewicz Bordignon
- lawrencewb@uol.com.br
”O governador está coberto
de razão. Se continuarmos a fugir deste tema como vimos
fazendo até agora não teremos solução
para este caso. Se continuarmos achando que isto não
é um problema gravíssimo não existirá
solução, porque só existe solução
quando existe o problema. Não é óbvio
? Entretanto este não é o único problema.
Ele anda de braços dados com a criminalização
do venda e uso de drogas. Tem que ser liberado!”
william@justino.santos.nom.br
“Gostaria de manifestar-me sobre o assunto citado em
vossa matéria de hoje da Folha Online, pois acredito
que o assunto "controle da natalidade" é
de fundamental importância ser debatido em nossa sociedade,
nos meios políticos, governamentais e na imprensa.
Sem demagogia e sem muitos rodeios eu vou direto ao ponto.
Não tem como continuarmos a produção
em longa escala de mais brasileiros para serem expostos ao
mais humilhante processo de vida e existência. Quanto
mais a gente produz, mais miséria é gerada e
menos qualidade de vida é pode ser oferecida aos cidadãos
desse país. Eu não sei quem veio em primeiro
lugar, o crescimento populacional ou a miséria e a
baixa qualidade de vida, mas sei que por experiência
própria, elas andam de mãos dadas ou abraçadas.
Esse pensamento pode parecer egoísta
e desumano, mas ao ver o povo brasileiro frente-a-frente,
me dá uma terrível sensação de
que somos uma nação de miseráveis. Eu
sou consultor de empresas e por força do meu trabalho,
tenho a oportunidade (que para mim é uma benção)
de viajar esse país todo. Do Rio Grande do Sul até
Roraima, os dois extremos que eu conheço, posso testemunhar
que nosso povo possui uma forma de vida que nos inspira muita
compaixão e tristeza. Estou voltando de Balsas (MA),
onde pude ver meninas e meninos sem nenhuma expectativa de
uma vida descente e boa. Mais lamentável ainda é
ver mulheres novas, na flor da sua existência, "arrastando"
uma ou duas crianças pelas ruas infestadas de outras
iguais.
É lamentável. Quando será que faremos
uma grande campanha de conscientização e esclarecimentos
para nosso povo, para que ele possa decidir sobre formas de
planejar melhor sua família e que, fazendo isso, poderá
oferecer menos miséria e menos tristezas aos que dele
brotam como frutos de sua existência.”
Júlio Morsoletto -
morsoletto@uol.com.br
|