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“Não são só
as escolas públicas que estão despreparadas
para atender a este tipo de aluno. Não sei se meu filho
pode ser considerado como tal, porém tenho "penado"
em descobrir uma escola particular que o aceite, visto que
ele foge de todos os padrões por estas instituições
adotadas, do modelo de "aluno perfeito", que se
interesse nas aulas, seja disciplinado e obediente.
Quem assim não se comporta, não
tem este tipo de comportamento, superdotado ou não,
receberá em muito pouco tempo um "cartão
vermelho". Isso é educação? Podemos
chamar estas instituições de escola? Ensinam
o quê?
Acredito que para chegarmos ao topo
da escala, devemos nos concentrar em "salvar" todas
as nossas crianças, dando-lhes todas as oportunidades
para se desenvolverem e encontrarem seu caminho, sejam elas
de que tipo e de que nível for, aceitando-as com mais
compaixão, amor e perseverança."
Alexandre Goldberg –
alexlawyer@urbi.com.br
“Seguindo o que você disse,
lembrei-me de uma piada sobre o assunto.
Um homem leva o filho ao médico
preocupado:
- Doutor, eu não sei mais o que
fazer! Eu acho que meu filho é super dotado!
O médico respondeu tranqüilamente:
- Não se preocupe. Basta colocar
em uma escola pública que isso passa.
Infelizmente parece que é
verdade.”
André Noel –
andrenoel@ubuntu.com
“Acompanhando uma professora
de educação física, que lecionava nos
arredores de Santa Fé do Sul, interior de São
Paulo, vez que outra ela narrava o seu desânimo com
o sistema educacional.
Em 1982, ela me dizia: "Quantos atletas natos eu perco
todos os anos. Muito em breve estarão prontos para
o corte de cana, e não é esse o objetivo do
meu trabalho."
Sei que existe interesse do governo em mudar essa situação,
mas com essa Câmara individualista fica difícil
acreditar que um presidente possa mudar essa história."
Ventura Picasso –
picasso.v@uol.com.br
“Você não tem idéia
do acerto do seu artigo sobre os superdotados. Meu filho,
hoje com 33 anos, teve convulsão grave quando criança,
aos 3 anos, e tomou Gardenal até os 12 anos de idade.
Por esse motivo, foi tido como tendo disritmia cerebral, embora
não tivessem se repetido as convulsões. Felizmente,
tive condições de cuidar bem dele, que foi acompanhado
pelo neurologista José Salomão Schwrtzmann,
a quem não tenho palavras para agradecer, pois muitas
vezes me tirou de momentos de desespero atroz.
Explico: meu filho aprendeu a ler
sozinho com 5 anos de idade e, como o Colégio Dante
Aligheri, onde ele estudava, não alfabetizava no pré-primário,
meu filho não conseguia se interessar por nada e, agitado
e agressivo como era, ficava zoando com todo mundo. Foi expulso
do Dante no pré-primário, imagine só!
Depois fiquei sabendo que ele batia quase todo dia no filho
da Maria Pia Matarazzo, José Francisco Matarazzo Calil,
sendo esse o verdadeiro motivo da expulsão.
Eu me desesperava e achava que meu
filho era louco. Porém, o dr. José Salomão
me dizia que ele não era louco, autista e nem mesmo
hiperativo, e que tudo ira ficar bem. Todavia, eu não
conseguia acreditar, tal era o comportamento dele. Transferi
meu filho para o Colégio Rio Branco, ao qual também
não tenho palavras para agradecer, onde os professores
e orientadores foram levando, me chamavam para me orientar,
meu filho fazendo terapia e assim foi.
Aos 12 anos, ele parou de tomar medicação,
foi melhorando e, aos 17 anos, fez vestibular e passou no
ITA, na Escola Politécnica e na Unicamp, em Engenharia.
Escolheu a Poli, se formou com 22 anos, trabalhou no Projeto
Genoma, fez mestrado, fez concurso para a Transpetro, passou
em 1° lugar no Brasil, depois fez concurso na Petrobras,
também passou em 1° lugar e hoje é Engenheiro
de Automação e Controle em Natal (RN), sendo
muito bem avaliado no seu trabalho.
Você já imaginou o desperdício
de talento não tivéssemos condições
de cuidar dele adequadamente, ajudados pelo dr. José
Salomão, os vários psiquiatras e o Colégio
Rio Branco? Meus parabéns pelo artigo, que alerta para
esse desperdício de talentos."
Regis
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