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“Lendo sua coluna sobre
o número de filhos que as brasileiras têm, notei
que você toca no assunto pelo ângulo em que ele
sempre é tocado: impedir os pobres de terem filhos,
acabar com a pobreza acabando com os pobres. Nunca vi, por
exemplo, alguém pedindo para os ricos serem obrigados
a ter filhos. Os pobres não são irresponsáveis.
Nesse caso, mais irresponsáveis são os ricos,
que impedem a população brasileira de crescer.
Em todos os sentidos. Basta ver a concentração
de renda. Se não tivermos filhos, o País desaparece.
O próprio estudo do IBGE mostra como é baixa
a densidade populacional brasileira. Além disso, você
não tocou no maior dos absurdos apontados pelo IBGE:
brasileiros indo para o Paraguai, em busca de terra... E novamente
por culpa dos ricos, que não querem nem ouvir falar
em reforma agrária e tiram dos pobres as condições
de criarem os filhos”,
Rogério Ferraz Alencar,
Fortaleza-CE - rfalencar@noolhar.com
“Um plano de combate a miséria
deveria incluir o planejamento familiar. Isso resolveria?
Se pudéssemos chamar de família as relações
de mãe e filho, quando a mãe é menina
de rua e o pai ninguém sabe quem é, talvez.
No combate à miséria, necessariamente deve ser
levado em consideração, a recuperação
imediata das crianças de rua, sem demagogia, como se
fosse uma guerra, isso é urgente. Para acabar com a
pobreza é necessário em primeiro lugar desbancar
os paletós e gravatas sob temperatura de 35 graus,
pura prova de ignorância , quem consegue ficar sob um
terno numa temperatura dessas, não tem condição
de olhar para a sarjeta e ver o resíduo de sua arrogância”,
Luiz Donizeti - lbcont@terra.com.br
“Que pessoas ignorantes
e desvalidas socialmente tenham muitos filhos é compreensível,
por estas próprias razões. Não se compreende
é o governo e suas agências financiarem a superpopulação
desvalida, com prêmios em dinheiro para as mulheres
que tenham filhos (auxílio-maternidade, ou outro nome
que tenha). Isto sem contar com as "bolsas" (escola,
etc.) que significam, na mente do povo desassistido, QUANTO
MAIS FILHO, MAIS ENTRA UM DINHEIRINHO. Sem investimento sério
em educação e mudança de culturas arraigadas
(cultura da dependência e do não-trabalho) não
há saída real, apenas mais clientelismo político
com novos nomes”,
Antonio Teles de Carvalho
- antonio.t.carvalho@caixa.gov.br
“Minha esposa costuma dizer
que tem um encontro marcado com Deus para saber dele qual
o motivo dessa desigualdade social e de tanto sofrimento para
alguns e luxuria para outros... por mais técnica que
seja a minha explicação, ela não aceita...
no fundo, ela tem muita razão...”,
Amirati - aamirati@superig.com.br
“E precisava pesquisa para
se constatar isto? O Fome Zero é irresponsável.
A campanha de mata fome do Betinho era (ou é?) irresponsável.
Se você dá comida para o ignorante e apenas isto,
a primeira coisa que ele vai fazer é engravidar a mulher
pois agora há mais comida. Faltam ao Fome Zero e faltou
à campanha do Betinho o mais importante, o controle
da proliferação de miseráveis que, no
fim, cai na cabeça do Estado, ou seja, na cabeça
de quem tem esta carga tributária absurda. Como pensam
esta pessoas? quero saúde, quero escola, quero moradia,
quero terra etc. Julgam que alguém (o Estado por exemplo)
lhes deve tudo!!!! Estas campanhas deveriam distribuir é
vale vasectomia, vale ligadura, vale instrução,
vale esclarecimento (compulsório), vale camisinha e
coisas que tal. Isto sim é cidadania”,
Theognis Rodrigues
- theo@anp.gov.br
“Vale lembrar que qualquer
programa de controle de natalidade governamental resultará
em revolta por parte da igreja. E apesar de sermos um estado
laico, ela tem força”,
Thiago Oliveira Santana
- thiago@dalo.com.br
“Creio que é hora
de pararmos com tanta embromação e analisar
as questões sem os temores políticos, religosos
que os grandes problemas nacionais vêm sendo submetidos.
A questão demográfica é um exemplo”,
Geraldo Eugênio
- geugenio@sede.embrapa.br
“Em qualquer reportagem
veiculada na televisão, cujo foco é a pobreza,
é mostrado um chefe da família e como pano de
fundo os filhos, que invariavelmente são muitos. Nestas
reportagens fala-se na falta de emprego, fala-se no salário
mínimo, fala-se na falta de oportunidade, porém
a imprensa não se "atreve" a tocar no assunto
"controle de natalidade". É claro como sol
a pino que a situação de penúria da população
pobre do país é agravada pelo número
excessivo de filhos, que são concebidos de forma irresponsável.
Os pais sequer possuem condições mínimas
para seu sustento, quanto mais para o sustento de vários
filhos. Acho que a imprensa deveria dar mais espaço
a este assunto, mostrando experiências de outros países,
os benefícios deste controle”,
Maurício Manfredini
- manfredini@benicio.com.br
“Esse tema tem sido enfaticamente
discutido pela sociedade - sob os aspectos sociais, econômicos,
políticos e de saúde - a dezenas de anos. E
incrivelmente, o que é óbvio para os ricos não
parece ser para os pobres. Talvez tenhamos que concluir que
os filhos, de alguma forma, sublimam as condições
miseráveis de vida que os pobres enfrentam. E ainda,
que a solução seria propiciar o crescimento
e a inclusão social dessas pessoas pobres, pois, com
certeza, passariam a optar por uma família melhor em
quantidade e qualidade”,
Edson Pessoa - edson.pessoa@terra.com.br
“Ninguém tem coragem,
talvez por medo da Igreja Católica, de dizer com todas
as letras que, enquanto os mais pobres não tiverem
acesso a métodos/programas de planejamento familiar,
nenhum programa de inclusão social vai resolver o problema
da miséria no Brasil. Infelizmente, o atual governo,
por suas ligações histórias com setores
da Igreja Católica, ou talvez por convicção
ideológica, jamais tocou nesse assunto. Apenas alguns
corajosos com acesso à mídia o fazem, como,
por exemplo, o Dr. Dráuzio Varella. Por enquanto essas
pessoas seguem pregando no deserto. O grosso da mídia
faz ouvidos de mercador e não repercute essa situação.
De qualquer maneira, parabéns pela iniciativa. Quem
sabe outros jornalistas finalmente resolverão apontar
que o Rei está Nú, que é necessário
atacar a raiz do problema, em vez de tecerem eternos loas
aos fomes zero da vida”,
Andreia - andreia.lais@uol.com.br
“Não agüento
mais ver todos os anos campanhas para angariar fundos para
ajudar aos mais necessitados e não ver campanhas para
o planejamento familiar a que se refere o artigo. Não
que tais campanhas não sejam importantes, mas ao meu
entender, elas ajudam no presente, e o futuro como é
que fica? Vamos ter que ficar nesse círculo vicioso?”,
Fabiano Fernandes Silva, Vitória
– ES - fabiano@americanobatista.br
“Planejamento familiar são
palavras que soam de maneira inteligente. O inevitável
é que não queremos escrever, falar e dizer abertamente
a necessidade do controle da natalidade, pois fere dogmas
religiosos e princípios sociais, nos quais, estamos
intrinsecamente ligados. Claro que devemos pautar a educação
como ponto principal. No entanto, fato é, que essas
políticas foram e são implementadas diariamente
sem resultados práticos visíveis. Se faz necessário
colocar em debate o CONTROLE DA NATALIDADE, principalmente
em regiões, onde o nível de educação
e pobreza estejam abaixo dos índices mínimos
preconizados por órgãos internacionais. É
sectário, é preconceituoso, mas a meu ver, inevitável”,
Osny Raffs Jr., Florianópolis
– SC - raffsjr@brturbo.com
“Parece que no Brasil a
Igreja ainda fala mais alto e a pobreza parece não
incomodar tanto”,
Angela Marques - angelam.dhc@danhebert.com.br
“Somos o 5º país
do mundo, do ponto de vista da quantidade de pessoas. Haja
PIB para manter tanta gente que nasce irresponsavelmente.
Pena que ninguém põe a mão nessa ferida
histórica. Talvez seja o receio de contrariar os ditames
da Igreja Católica que, por mais respeitáveis
que seja, nesse caso em nada contribuem para a construção
de uma sociedade mais justa e, portanto, equilibrada. Enquanto
não houver uma decisão política de incentivar
o planejamento familiar, de modo claro, responsável,
efetivo, não haverá política pública
de geração de emprego que seja capaz de dar
conta da demanda”,
Luiz Rodrigues Wambier -
luizwambier@aawambier.com.br
“Os mais pobres têm
mais filhos não porque querem, mas porque não
sabem evitar ou não têm meios de comprar preservativos
ou pílulas. Mas isso tem um nome: medo dos governantes
de enfrentar a Igreja Católica, tradicionalmente contra
o prazer sexual e que prega a abstinência pura e simples.
Enquanto isso, deixem os pobres (e toda a sociedade) arcar
com mais crianças. Como dizia Millor Fernandes, subdesenvolvimento
não se improvisa, é obra de séculos”,
Rogerio P. Silva -
rapsilva@uol.com.br
“O planejamento familiar
vai muito além dos poderes do governo. Necessariamente,
teria que envolver a igreja e tudo mais da sociedade brasileira.
Não adianta ficar pondo todo o foco no governo, SEMPRE.
Mudanças e políticas desse cunho tem de ter
envolvimento de toda a sociedade, e isso nos falta”,
Lindomar Carvalho -
lbcarval@mail.uh.edu
“Tal problema não
é "culpa" destes pobres, mas fruto da falta
de responsabilidade do governo, que não mede esforços
para criar obras e programas que saltem à vista, sendo
que de outro lado esquecem-se dos mais carentes. Dar comida
ao pobre não lhe dá dignidade, dá-lhe
apenas a real consciência de quanto ele é dependente
e explorado, tendo que viver às custas de programas
ditos humanitários, mas que em meu entender, faz apenas
o contrário, ou seja, lhes tira sua humanidade. Louvável
são as atuações do nosso presidente,
que fartamente oferece ajuda aos sofredores de infortúnios
de nossos países amigos; isso é louvável.
Mas quem ajuda nossos pobres? Vamos pensar sobre isso”,
Luiz Carlos Ferraz Manini,
Londrina – PR - luiz_uel@yahoo.com.br
“O governo não está
nem aí para esse problema. Leia a manchete da folha:
"Lula investiu menos de um terço do que foi aplicado
no último ano de mandato de Fernando Henrique".
A única e exclusiva preocupação desse
governo é fazer caixa principalmente para pagamento
dos juros da dívida. Crescimento?. Nem pensar!! O Brasil
continuará sendo o país do futuro para os teimosos
e os sobreviventes”,
Mauro Marques - mauro.cavalcanti@terra.com.br
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