Na minha última coluna no Folha Online, destaco
um dos mais irritantes absurdos nacionais, divulgado na sexta-feira
passada pelo IBGE: as mulheres mais pobres tem, em média,
cinco filhos; as mais ricas preferem ter apenas um filho.
O primeiro absurdo: quem tem mais
dinheiro e, portanto, mais condições, tem menos
filhos. Quem tem menos dinheiro tem mais filhos. O segundo
e mais importante absurdo: não há um esforço
nacional para impedir que tantos pobres tenham tantos filhos.
Um plano de combate à miséria
deveria incluir necessariamente um programa nacional de planejamento
familiar para que se diminua a enxugação de
gelo das políticas sociais.
Coluna originalmente publicada no
Folha Online, na editoria Pensata.
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