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decepção
17/12/2004
Prefeitura não poderá criar faculdade

O Conselho Estadual de Educação (CEE) arquivou os processos de criação de cursos de ensino superior da Faculdade Paulistana de Saúde Pública, que seria instalada pela Prefeitura em Cidades Tiradentes, zona leste. Segundo o relator do parecer, Angelo Luiz Cortelazzo, a Prefeitura não conseguiu "comprovar o pleno atendimento ao ensino fundamental e infantil no município" e por isso foi negada a possibilidade de investir no ensino superior.

O parecer foi aprovado anteontem, mesmo dia em que o conselho entrou em recesso, até janeiro. A criação da faculdade pública - que fazia parte do projeto de desenvolvimento da zona leste, primordial para Marta Suplicy - depende agora do prefeito eleito José Serra e de sua equipe. A assessoria do novo secretário de Educação, José Aristodemo Pinotti, informou que ele vai analisar o projeto, visitar o local e só então decidir que medida tomar. O prédio que abrigaria a faculdade já está pronto e em 2005 vai receber 350 alunos em cursos técnicos na área de saúde, já aprovados. O vestibulinho para essas vagas será em janeiro e teve 7.600 inscritos.

"Estou indignado, não se levou em conta a inclusão social, o mérito da proposta, o conteúdo, apenas foi feita uma apreciação formal", diz o coordenador do Projeto de Desenvolvimento Econômico da Zona Leste na Prefeitura, Branislav Kontic, que foi informado pela reportagem do Estado sobre o parecer. "Estamos com os recursos em caixa", completa. O Município investiria R$ 1,5 milhão na faculdade e o Ministério da Educação, R$ 6,5 milhões.

Segundo ele, a intenção era abrir inicialmente 400 vagas em dois cursos: Tecnologia em Gestão da Informação em Saúde e Tecnologia em Gestão dos Serviços de Saúde. O projeto anunciado em dezembro do ano passado pela Prefeitura e pelo MEC, no entanto, previa mais de 4 mil vagas até 2008. Kontic explica que a faculdade era uma tentativa de resolver também um problema de saúde pública, já que pretendia formar profissionais para trabalhar na própria periferia, uma necessidade atual.

"É claro que é importante uma faculdade pública, mas a Prefeitura precisa cumprir o que pede a Constituição", diz o relator Cortelazzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele se refere aos textos tanto da Constituição Federal como da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que dizem que a educação fundamental precisa ser obrigatoriamente oferecida. Além disso, a lei determina que o município tem responsabilidade pela educação fundamental e infantil e não pela superior. O conselho cuida do credenciamento e autorização de cursos superiores estaduais ou municipais no Estado.

Ontem, a Universidade de São Paulo (USP) marcou para 25 de janeiro a inauguração de seu novo campus na zona leste. A Fuvest recebeu cerca de 5 mil inscritos para os cursos oferecidos.

RENATA CAFARDO
do jornal O Estado de S.Paulo

   
 
 
 

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