|
Veridiana Novaes
Árvores
centenárias de um terreno ao lado do Parque do Piqueri
serão derrubadas para a construção de
seis edifícios residenciais. A área tem 29 mil
m² e foi vendida pela Caixa Econômica Federal ao
Grupo Santista.
Segundo a integrante do Conselho Gestor
do Parque do Piqueri, Zilah Florence, um abaixo-assinado com
cinco mil nomes foi encaminhado ao secretário municipal
do Verde e Meio Ambiente, Adriano Diogo (PT), em novembro
de 2003. O documento, feito por moradores da região,
pedia a desapropriação área pela prefeitura.
O abaixo-assinado não obteve resposta.
O secretário alega que a área
foi vendida antes de sua entrada na prefeitura e nada pode
ser feito para reverter a situação. “Temos
todo o interesse de ajudar a população, mas,
infelizmente, a área é particular.”
Apesar da impossibilidade de obter
o terreno do Grupo Santista, a secretaria pretende compensar
o prejuízo e comprar uma outra área menor, também
ao lado do parque. No entanto, Adriano Diogo afirma que, como
a área visada é muito cara para o orçamento
municipal, a prefeitura, juntamente com a Associação
dos Moradores do Tatuapé, tentará negociar sua
aquisição.
No próximo dia 30, os moradores
vão reivindicar a ampliação do parque
e tentar impedir que a construção seja feita
no terreno particular. Serão convidados políticos
de vários partidos, entidades de bairros e grupos ecologistas
para participarem do ato. “Vamos distribuir panfletos,
colocar faixas de divulgação. Precisamos manter
os poucos pulmões verdes de São Paulo”,
disse Zilah.
|