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Um dos impactos significativos
do bilhete único na vida dos paulistanos será
no vale-transporte fornecido pelas empresas -e que representa
1,2 milhão de passageiros do transporte coletivo.
Até hoje, além de servir de pagamento de ônibus
e lotações, ele vinha servindo como uma moeda
paralela, que poderia ser usada em postos de gasolina ou vendida
em barracas de camelôs nas proximidades de terminais,
estações de metrô e de trem.
O cartão magnético municipal tende a praticamente
acabar com essa prática, conforme já foi verificado
em municípios do país que implantaram sistemas
de bilhetagem eletrônica. As transações
no mercado paralelo se tornam arriscadas, já que, além
da dificuldade para saber os valores disponíveis -algo
que será possível com a implantação
de terminais de consulta-, os vales são pessoais.
Empresas que fazem um serviço terceirizado de fornecimento
dos bilhetes (e que hoje são responsáveis por
75% do mercado de vale-transporte), como a VB e a Smart, alegam
ainda que os empregadores estão reduzindo em até
30% os custos com esses benefícios.
A razão é simples: quem fornecia duas conduções
de ônibus por viagem aos funcionários já
está dando somente um bilhete único. "O
vale-transporte deixa de ser um complemento salarial, mas
fica muito melhor para as empresas", afirma André
Martins, diretor-executivo da VB, que pretende fornecer 350
mil cartões no mês que vem.
Segundo ele, os empregadores gastam hoje no benefício
de 10% a 20% do valor do salário de quem recebe vale-transporte.
A redução das despesas, com a implantação
da tarifa de R$ 1,70 válida por duas horas, deve variar
de 8% a 30%, dependendo do caso.
O diretor de tecnologia da Smart, Milton Carlos Eliseu, diz
que tem recebido contatos de até 50 empresas por dia
em razão do lançamento do bilhete único.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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