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Vanessa Sayuri Nakasato
A briga pelo fim do recesso parlamentar
municipal em julho pode ir parar nas ruas de São Paulo
e se tornar campanha popular com direito a faixas, panfletos
e cartazes. Pelo menos é o que pretende fazer o vereador
Celso Jatene (PTB), caso o projeto de lei que extingue tal
mordomia não seja aprovado até o fim deste mês.
“Ficarei muito triste se não
houver mais 36 pessoas para aprovar este projeto e tiver que
mobilizar toda a população para que ele saia
do papel à base da pressão. Acabar com o recesso
de julho não seria uma vitória minha, como autor
do texto, mas da Câmara Municipal, por beneficiar a
cidade com uma atitude tão exemplar.”
O texto foi apresentado em agosto
de 2001, porém, jamais foi votado. No início
deste ano, o presidente da Câmara Municipal, Arselino
Tatto (PT), colocou o projeto como uma das prioridades do
ano a serem votadas. No entanto, a resistência da maioria
dos parlamentares da Casa não deixou, sequer, que o
texto fosse discutido em plenário.
“Já tentei inversão
de pauta, acordo, coloquei o projeto em reunião de
líderes diversas vezes, mas a verdade é que,
infelizmente, ninguém quer abrir mão de suas
férias”, disse Jatene.
Tatto concorda: “São
necessários 37 votos de 55 vereadores. Por enquanto,
somos dois. Está difícil conseguir o apoio de
mais 35”.
Atualmente, os vereadores têm,
no mínimo, 60 dias de recesso. Nesse período
de descanso, os salários, equivalentes a pouco mais
de R$ 7 mil, são depositados normalmente. Segundo Tatto,
se o projeto for aprovado até junho, em julho já
estará vigor.
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