No
setor de serviços, um dos destaques é a atividade
de alimentação, hotelaria, turismo e de outros
serviços. Foram gerados 81,3 mil vagas no país
no primeiro quadrimestre deste ano -sendo 39,1 mil nas seis
maiores metrópoles.
"Há uma oferta muito grande de emprego no setor,
especialmente de vagas mais especializadas, como recepcionistas
que têm um segundo idioma e chefes de cozinha",
disse Akiko Yamamoto, diretora de Recursos Humanos da Associação
Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo.
Leia a matéria na íntegra:
Após
retração nos anos 90, bancos e montadoras ampliam
as vagas
O setor bancário e a indústria automobilística
foram talvez os que melhor retrataram o enxugamento de postos
de trabalho nos anos 90. Demitiram milhares de pessoas ao
automatizar serviços e processos, investir pesado em
tecnologia e terceirizar tarefas. Agora, o número de
empregados nesses ramos voltou a crescer.
"Temos hoje menos pessoas em tarefas burocráticas,
que foram automatizadas, mas o quadro de pessoal cresceu.
São pessoas mais ligadas ao negócio, na linha
de atendimento ao cliente e na oferta de produtos", afirma
o diretor de de relações de trabalho da Febraban
(Federação Brasileira de Bancos), Magnus Apostólico.
O que não mudou, porém, foi a concentração
do setor financeiro nas grandes cidades -São Paulo
corresponde a 25% do emprego. A atividade é também
uma das que se destacam no aumento das vagas nas regiões
metropolitanas.
Ao final de 2007, o total de bancários chegou a 440
mil, mais do que os 425 mil em 2006. "E o emprego vai
continuar a crescer neste ano", diz.
A Febraban não tem uma estatística completa,
mas o setor também se destaca por gerar postos indiretos
e demandar serviços de outros ramos. "Há
mais de 80 mil vigilantes em bancos. Promotores de crédito
chegam a 150 mil." Mais uma vez, esses profissionais
estão concentrados nas metrópoles.
Na esteira dos recordes de produção de veículos,
a indústria automobilística experimenta um avanço
do emprego sem precedentes desde o começo dos anos
90. O total de empregados nas montadoras bateu em 125,9 mil
-maior marca desde 1990 (138,3 mil).
Apesar de a indústria ter aberto novas unidades fora
dos grandes centros tradicionais (ABC paulista e entorno de
Belo Horizonte), ainda é bastante concentrada nas regiões
metropolitanas -as novas fábricas da Ford, da Renault
e da GM foram para o entorno de Salvador, Curitiba e Porto
Alegre.
A julgar pela previsão da Anfavea de expandir a produção
para 3,2 milhões de veículos em 2008, o emprego
deverá se manter aquecido. Em 2007, foram 2,97 milhões
de unidades.
Segundo dados do Caged, o emprego formal na indústria
de material de transporte aumentou 25% nas metrópoles.
A alta foi de 17,9% em todo o país.
Outros ramos da indústria que vão bem nas metrópoles
são os de metalurgia e mecânica -expansão
de 82,9% e 57,6% no primeiro quadrimestre de 2008, respectivamente.
Já no setor de serviços, um dos destaques é
a atividade de alimentação, hotelaria, turismo
e de outros serviços. Foram gerados 81,3 mil vagas
no país no primeiro quadrimestre deste ano -sendo 39,1
mil nas seis maiores metrópoles. "Há uma
oferta muito grande de emprego no setor, especialmente de
vagas mais especializadas, como recepcionistas que têm
um segundo idioma e chefes de cozinha", disse Akiko Yamamoto,
diretora de Recursos Humanos da Associação Brasileira
de Gastronomia, Hospedagem e Turismo.
Para Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon, a construção
civil já sofre com a carência de profissionais
especializados em razão do forte aquecimento do setor
-impulsionado pela maior oferta de crédito. "Os
engenheiros estão sendo laçados na faculdade."
Folha de S.Paulo
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