Os
adolescentes que tomam café-da-manhã diariamente
consomem mais calorias, mas pesam menos do que aqueles que
pulam a primeira refeição do dia, aponta um
estudo divulgado nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
"Este estudo confirma o que outras pesquisas já
mostraram: os jovens que pulam o desjejum tendem a ganhar
mais peso e, por isso, sofrem um risco maior de obesidade",
afirmou o dr. Mark Pereira, do Departamento de Epidemiologia
e Saúde Comunitária da Universidade de Minnesota,
responsável pelo estudo.
O número de adolescentes com problemas de peso triplicou
nos últimos 20 anos nos Estados Unidos, segundo um
relatório publicado no ano passado.
Dezesseis por cento dos adolescentes e 10% das adolescentes
sofrem com excesso de peso nos Estados Unidos.
Os adolescentes que começam seu dia com um café-da-manhã
tendem a consumir menos calorias, carboidratos e fibras durante
o dia do que aqueles que pulam essa refeição,
segundo o estudo que trabalhou com mais de 2.200 adolescentes
durante cinco anos.
Os resultados da pesquisa foram publicados na edição
de março da "Pediatrics", revista da Academia
Americana de Pediatria.
da France Presse, em Washington
Folha Online
Pesquisa revela que um terço dos jovens cariocas está
acima do peso
Um estudo feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(Uerj) sugere que 27,4% dos jovens cariocas apresentam peso
acima do normal para sua faixa etária. De acordo com
a pesquisa, 11,7% dos meninos e meninas de 11 a 19 anos podem
ser considerados obesos e 15,6% apresentam sobrepeso.
Os números chamam a atenção e são
comparáveis às médias dos EUA, país
onde a obesidade já é considerada um problema
de saúde pública. Entre os norte-americanos,
cerca de 17% dos jovens sofrem com o problema.
Para chegar a esses números, o Departamento de Medicina
Integral, Familiar e Comunitária da Faculdade de Ciências
Médicas da Uerj analisou, de maio a novembro de 2007,
260 alunos de 10 a 19 anos da Escola Municipal Madrid, de
Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
Meninos e meninas estatisticamente empatados
De acordo com o estudo, 14,6% dos meninos apresentaram obesidade,
contra 8,4% das meninas. No entanto, a autora da pesquisa,
a médica da família Suliane Motta, explica que
essa diferença percentual é estatisticamente
irrelevante.
Os dados são próximos à média
nacional. O último recenseamento de Orçamento
Familiar feito pelo IBGE em 2002 e 2003, apontou que 11,4%
dos meninos e 12,4% das meninas brasileiras sofriam de obesidade.
Causas
Segundo Suliane, as causas da obesidade das crianças
analisadas são múltiplas.
“No estudo, vimos relação direta entre
obesidade e fatores como sedentarismo, genética e hábitos
alimentares. Todas as crianças analisadas, de um modo
geral, se alimentam muito mal. Comem carboidratos e gorduras
em excesso. Além disso, muitos dos jovens obesos têm
histórico de parentes com doenças associadas
à obesidade, como diabetes e hipertensão arterial”,
explica Suliane.
A pesquisadora ressalta, contudo, que a escola faz esforço
para manter a dieta dos estudantes balanceada.
“Toda a rede escolar municipal baniu as cantinas que
vendiam guloseimas e oferece, no lugar, gratuitamente, merenda
com refeições equilibradas. A iniciativa, no
entanto, não ajuda a controlar os maus hábitos
das crianças. Elas trazem biscoitos e outras porcarias
de casa”, relata a médica, que já iniciou
ações na escola para dar noções
básicas de nutrição aos alunos.
Pobreza e obesidade
O estudo foi feito numa escola pública onde a maior
parte dos alunos é de classe C e sofrem privações
financeiras. Os autores da pesquisa acreditam que possa haver
relação entre pobreza e obesidade. Para Suliane,
uma explicação aceitável é que,
alimentos ruins, como biscoitos recheados, são baratos.
A pesquisadora, entretanto, lembra que jovens de renda mais
alta não estão livres do problema. Segundo ela,
uma pesquisa feita na Universidade Federal do Ceará,
pelo professor Lício de Albuquerque Campos, concluiu,
em 2007, que estudantes da rede particular de Fortaleza tinham
mais problemas com excesso de peso do que os da rede pública
da mesma cidade.
As informações são
do Portal G1
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