Uma
tentativa do governo peruano de melhorar o nível do
ensino público nacional acabou criando uma saia justa
e uma crise de pessoal sem precedentes na história
do país.
Nada menos que 99% dos professores de todo o ensino público
foram reprovados em um exame nacional de qualificação,
levando o Ministério da Educação a continuar
empregando educadores que, em tese, não estariam capacitados
para a função.
Para evitar centenas de milhares de salas de aula vazias,
o ministro da Educação, José Chang, foi
forçado a anunciar medidas de emergência para
manter os professores em seus empregos.
Mais de 180 mil educadores fizeram a prova, apesar dos boicotes
e greves organizados por sindicatos que temiam o corte de
postos de trabalho.
Os professores dizem que os problemas na educação
do país derivam da falta de recursos públicos
e dos baixos salários da profissão de docente.
Mas o ministro da Educação defendeu o rigor
em relação à capacitação
dos professores, e apontou a necessidade de o país
melhorar o padrão nacional de ensino.
O repórter da BBC em Lima Dan Collyns disse que, em
meio às discussões, "não se cogita
nenhuma força-tarefa para combater o problema na base,
há apenas uma reiterada recusa oficial de reduzir os
requisitos para os professores".
Segundo o correspondente, o governo peruano sabe que o baixo
nível de educação é um sério
obstáculo para o desenvolvimento do país.
"Mas a atual política, positiva ao mostrar as
limitações dos professores, não parece
oferecer uma saída realista para a crise educacional",
ele disse.
da BBC
Folha Online
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