Erika
Vieira
Íons, prótons, elétron, fósforo,
cálcio, enxofre, gás hélio toda essa
linguagem que parece grego para muitos de nós também
se torna quase indecifrável para os deficientes visuais,
pois, não conseguem ler a tabela periódica.
Para vencer esse obstáculo, Ilza Mara Barros Lourenço,
professora de química da Universidade Ibirapuera, desenvolveu
uma tabela periódica para os portadores de deficiência
visual.
”A idéia surgiu porque não encontrei
material de química para deficientes visuais. Não
encontrei nenhuma bibliografia até agora”, explica
Ilza. O projeto visa a inclusão social dos deficientes
no mundo científico. A tabela periódica é
feita com grafia braile para identificar os símbolos
químicos e números atômicos, já
os elementos químicos são representados através
de texturas. “Com isso, podemos trabalhar conceitos
básicos da química com os portadores de deficiência
visual”, conclui a professora.
Porém, ainda não há sinal que esse auxilio
pedagógico entre nas salas de aula, pois os órgãos
responsáveis, como a Secretaria de Educação,
não demonstraram interesse em implantar nas escolas.
A tabela periódica é resultado da tese de mestrado
“Ensino de química: proposição
e testagem de materiais para cegos” elaborada por Ilza
e orientada pela professora doutora Liliana Marzote, do instituto
de Química da USP.
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