Uma
pesquisa realizada por especialistas israelenses sugere que
se sentir feliz e ter uma atitude positiva diante da vida
pode ser uma arma eficaz na prevenção contra
o câncer de mama.
A equipe, da Universidade de Ben-Gurion, afirma que mulheres
que se dizem felizes têm menos chances de desenvolver
a doença, enquanto as que viveram eventos traumáticos
estão mais vulneráveis a desenvolver o tumor.
Os especialistas entrevistaram mais de 250 mulheres com idades
entre 25 e 45 anos, diagnosticadas com câncer de mama.
As pacientes responderam a perguntas sobre sua atitude em
relação à vida e se tinham passado por
episódios tristes, como a morte de um membro da família
ou outro acontecimento traumático.
Os resultados foram comparados com as de um outro grupo de
voluntárias saudáveis. Os cientistas observaram
que as mulheres que se declararam mais otimistas tinham 25%
menos chances de apresentar câncer de mama.
"Descobrirmos que o sentimento de felicidade e otimismo
tem um efeito de proteção", disseram os
pesquisadores.
Ainda segundo eles, um único evento traumático
não influencia no desenvolvimento da doença,
mais duas ou mais crises pessoais aumentam os riscos da doença
em dois terços.
Os cientistas esclareceram que o fato de as entrevistas terem
ocorrido pouco depois do diagnóstico pode ter levado
as pacientes a darem respostas "mais nostálgicas
e negativas sobre o seu passado".
Mas insistiram que vivenciar mais de um evento traumático
é um fator de risco para o câncer de mama.
Os especialistas disseram, entretanto, que a ligação
entre o estado mental e os sistemas imunológico e hormonal
ainda não é clara e que outros estudos são
necessários.
Pesquisas anteriores sugeriram que o estresse pode aumentar
os níveis de estrogênio em mulheres, um hormônio
que pode desencadear e alimentar o câncer.
Folha Online
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