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COMUNIDADE
23/11/2004
Ribeirão lança campanha por receita legível

 

Você consegue entender o que seu médico escreve? A maioria das pessoas ouvidas pelo Conselho Municipal do Idoso, não. Por isso, o conselho e o Centro Médico de Ribeirão Preto (SP) estão organizando a campanha "Receita médica legível: obrigação do médico, direito do paciente".

Segundo uma pesquisa feita em julho com pessoas acima de 60 anos, nas salas de espera de nove Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão, os usuários da rede municipal estão satisfeitos com o serviço em geral, mas apontam como problema a dificuldade de ler e compreender a receita médica.

Pelo levantamento, 48% dos entrevistados consideram o serviço bom, 65% disseram que o médico atende com atenção e ouve queixas, e 86% -tomando só os alfabetizados- reclamaram que não conseguem ler e entender as receitas. O conselho não soube dizer quantas pessoas foram ouvidas.

A campanha tem como objetivo conscientizar os médicos da necessidade de escrever receitas legíveis e de fácil compreensão. Quer também alertar a população que esse é um direito seu.

"É para que a população perceba que ela tem o direito de levar para casa uma receita que possa ler e compreender bem para não correr o risco de usar medicação inadequada, prejudicando sua saúde", diz a geriatra Maria Nazareth Grisólia, vice-presidente do Conselho Municipal do Idoso. Segundo ela, a campanha não visa beneficiar somente os idosos.

"Está incutido na nossa cultura que é normal o médico escrever de modo ilegível, e não há nada de normal nisso", diz Grisólia.

Segundo o presidente do Centro Médico, Oswaldo Cruz Franco, os médicos escrevem de forma ilegível porque quando eram alunos se habituaram a escrever depressa durante as aulas, nunca foram cobrados na formação para escrever de maneira mais clara, e a informatização de alguns locais de ensino tira a prática da escrita. Além disso, segundo Franco, na rede pública o médico tem em média 15 minutos para atender um paciente, "o que agrava a situação".
Para Franco, o sistema informatizado melhora muito a clareza na emissão de receitas, mas a rede pública não tem esse recurso.

O farmacêutico José Sbondoni, 54, conta que diversas vezes teve que pedir ao cliente para voltar ao médico "para não correr o risco de passar medicamento errado".

O lançamento oficial da campanha acontece no próximo dia 9, às 19h30, no Centro Médico de Ribeirão. Vão ser publicados anúncios na mídia impressa. Estão previstos ainda outdoors, banners e a veiculação nas TVs.

ADRIANA ALVES
free-lancer da Folha Ribeirão

   

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