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Donos de restaurantes de São Paulo estão buscando
alternativas para não perder movimento nem clientes
por causa da chamada "lei seca".
A partir de hoje, quem for ao restaurante Chakras, na rua
Melo Alves, nos Jardins, terá 18 carros com motorista
à disposição para voltar para casa.
Até quinta-feira, dois carros estarão à
disposição dos clientes dos cinco bares da rede
Biroska, da empresária Lilian Gonçalves, na
rua Canuto do Val, em Santa Cecília (centro).
"A idéia surgiu no fim de semana. Como é
que a pessoa não pode tomar duas taças de vinho
depois de trabalhar o dia todo?", questionou Miguel Reis,
dono do Chakras. Segundo ele, a redução do movimento
foi de 20% em relação a um dia normal. A queda
na venda de bebidas alcoólicas foi maior ainda.
Os carros -Zafira, C4, todos de luxo- poderão buscar
o cliente em sua casa ou escritório e levar de volta.
Outra opção é o cliente ir por seus próprios
meios ao restaurante e contratar só o serviço
de volta para casa. Os motoristas também estarão
à disposição para dirigir o próprio
carro do cliente.
Ida e volta para Moema ou Ibirapuera, por exemplo, custará
R$ 60. Para o centro (Anhangabaú, praça da Sé),
R$ 70. Zona oeste (Lapa, Perdizes, Pompéia), R$ 75.
Mas só vale para grupos de quatro a seis pessoas.
Já nos bares da rua Canuto do Val, o serviço
será de graça. Mas só na volta para casa.
Lilian Gonçalves disse que ontem mesmo comprou dois
carros -um Vectra e um Ka.
"Não vai dar para levar a pessoa para Embu ou
para Ferraz de Vasconcelos, mas aqui em São Paulo,
nos bairros mais próximos, a gente vai levar. Ele pode
vir de táxi ou até de metrô que a volta
para casa a gente garante", afirmou a empresária.
Segundo ela, no fim de semana houve uma queda do movimento
das casas. "Nem sei se a utilização [do
serviço de levar o cliente para casa] vai ser grande
porque as pessoas estão bebendo menos."
Evandro Spinelli
Folha de S.Paulo
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