da
Redação
As crianças da
rede pública de ensino, que têm pouco acesso
– ou quase nenhum - a espaços de lazer e cultura,
a rua vira morada no recesso escolar. Pensando nisso, a Secretaria
de Educação em parceria com o Sambódromo
desenvolveram uma iniciativa que está mudando o perfil
das férias escolares e promete transformar a educação
extra-oficial inclusive no período de aula.
O Sambódromo, que segundo a própria assessoria
do local, era ocioso, neste momento está repleto de
crianças desempenhando atividades de lazer, cultura
e tecnologia. Com a orientação de monitores
as crianças estão tendo aulas de inglês,
aeromodelismo, skate, patins, bordel, matemática, curso
de DJs, dança, teatro, reciclagem em tecido, em papel,
brincadeiras com jogos, bicicleta; uma lista enorme, com 36
atividades. Toda a programação é gratuita
e voltada para crianças da rede pública de ensino
do entorno do Sambódromo.
As atividades acontecem tanto dentro das inúmeras
salas do espaço, quanto ao ar livre. Para os cursos
seqüenciais é feita inscrição na
própria escola. Os monitores são em sua maioria
voluntários, da própria comunidade, que já
têm afinidade com o tema ou trabalham com projetos educativos.
Mas há também atividades livres em que não
é necessária a inscrição. Todo
o equipamento utilizado está sendo comprado pela Secretaria
de Educação e será incorporado ao projeto.
A iniciativa privada também demonstrou interesse. Amanhã,
às 10 horas, o Sambódromo receberá a
visita de representantes do Restaurante Rubayat, que se propôs
a custear uma oficina de culinária.
A atividade faz parte do programa São
Paulo é Uma Escola. Já estreou em alguns
CEUS da cidade, e a partir de agosto passará a funcionar
o ano todo nas escolas, parques, e espaços da cidade
que comportem o programa. No caso do Sambódromo, só
será interrompido no carnaval. Até o momento
estão no local 1022 crianças. A expectativa
é de começar agosto com 1400 crianças,
informa o coordenador do projeto São Paulo é
Uma Escola, Marcello Rinaldi.
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