|
Heitor
Augusto
Em 43 dos 106 cursos da USP deste
ano não havia nenhum aluno preto. Isso significa que
em 40,5% dos cursos da Fuvest não houve sequer um negro
matriculado na primeira chamada. O questionário de
avaliação socioeconômica da Fuvest considera
os critérios de cor estabelecidos pelo IBGE (branco,
preto, pardo, amarelo e indígena).
A reportagem do Site Gilberto
Dimenstein – Jornalismo Comunitário
fez um levantamento das últimas sete edições
da Fuvest. Os números mostram que, neste período,
o ingresso de pretos na maior universidade pública
do país não passou de 1,7%, pico atingido em
2007 – em 2000, era 1,2%.
Se para os pretos o cenário
pouco variou, os pardos têm um pouco mais a comemorar.
Além de o número de inscritos ter crescido de
11.953 em 2000 para 21.539 em 2007, o acesso seguiu a mesma
tendência. Há sete anos, os pardos eram 4,8%
(ou seja, 451), hoje representam 10,1% (1.149).
Desde 2000, a porcentagem de brancos
matriculados na primeira chamada da USP nunca foi menor que
77,4%. O máximo atingido, em números percentuais,
foi em 2003, quando representaram 80,5% dos estudantes.
Inscritos em 2002 teve
aumento de 10,9%
O número de inscritos que prestaram a prova em 2002
foi 10,9% maior em relação ao ano anterior.
O ingresso de pretos e pardos na universidade não seguiu
o mesmo ritmo de crescimento. No vestibular de 2001, dos 4.017
pretos que se inscreveram, apenas 99 (2,4%) foram aprovados.
No ano seguinte, apenas 2,7% dos pretos inscritos ingressaram
na USP. Considerando os números dos mesmos anos, 6,7%
dos brancos inscritos em 2001 entraram na universidade. Entre
os pardos, a aprovação foi de 4,1%.
Links relacionados:
Na
USP, Letras é o curso no qual há mais pardos
Em
SP, só 3,9% dos negros adultos têm ensino superior
Tema
do carnaval de 2008 será os 120 anos de abolição
Violência
é a maior causa de mortes entre homens negros
Áudio
dos comentários
| |
|