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A
artista Tarsila do Amaral foi um dos principais ícones
da década de 1920, quando fez parte da Semana de Arte
Moderna, ao lado de Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
Uma de suas principais telas - “Abaporu” - tornou-se
uma figura marcante naquele momento da história e da
arte brasileira. A artista morreu em janeiro de 1973 e, seu
corpo, sepultado no Cemitério da Consolação
- o primeiro da cidade de São Paulo. Seu túmulo
é uma construção de granito e tem uma
lápide que referencia o sepultamente do corpo da artista.
Esta e outras sepulturas poderão
ser vistas, gratuitamente, todos os dias no Cemitério
da Consolação. Mas, especificamente, no dia
de finados – no próximo domingo, 2, a Secretaria
de Cultura, em parceria com a Secretaria de Serviços,
disponibilizarão 30 mil folhetos, com os indicativos
de onde estão os túmulos de personalidades que
fizeram parte de algum momento da história de São
Paulo ou do Brasil. Estão enterradas lá pessoas
como Monteiro Lobato e Libero Badaró.
“É interessante perceber
também o que não está no cemitério”,
explica o historiador e professor da PUC, Luís Soares
de Camargo. De acordo com seus estudos, o Cemitério
da Consolação representava a realidade de São
Paulo entre os séculos 18 e 19. Hoje em dia, não
há mais, escravos sepultados, mas naquela época,
segundo ele, muitos eram enterrados, vítimas de varíola.
No cemitério, segundo o professor,
os mortos eram enterrados, conforme a classe social. “Enquanto
que as pessoas de alto padrão tinham aquelas sepulturas
enormes, as covas dos escravos tinham no máximo, uma
cruz – quando tinham”, explica. Hoje, os restos
mortais dos escravos, não estão mais no local,
mas há uma série de documentos no Arquivo Histórico
Municipal, que está aberto para pesquisa ao público,
gratuitamente.
São Paulo se transformou com o processo de urbanização
e, com ela, a realidade dos cemitérios também.
“A cidade ganhou outros cemitérios. Gente de
baixa renda começou a ser enterrada no cemitério
do Brás e pessoas de classe média, no Cemitério
do Araçá.”, aponta Camargo.
Ainda depois do dia de finados, os
panfletos continuarão a ser distribuídos pela
prefeitura. Para saber mais sobre a história do Cemitério
da Consolação e outras histórias que
estão atreladas a ela, clique
aqui.
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