A mais recente pesquisa Datafolha
aumentou o interesse em torno da candidatura Garotinho; afinal,
ele se aproximou, graças às suas aparições na TV, de Geraldo
Alckmin, do PSDB. Um movimento que não era esperado.
O impulso de Garotinho vem da mistura de suas aparições na
mídia combinadas de generosas promessas. Ele está prometendo
abaixar os juros, reduzir os impostos e aumentar os gastos
sociais. O problema é que, ao mesmo tempo, o candidato se
compromete a manter a inflação baixa. É um discurso atraente,
que não é assumido nem pelo PT nem pelo PSDB. Quem, afinal,
não quer tudo isso? Mais crescimento para gerar empregos,
menos impostos e menos juros para estimular o surgimento de
empresas, mais verbas contra a pobreza. E, acima de tudo,
usufruindo a estabilidade de preços.
A longo prazo, tais objetivos não são incompatíveis. A curto,
há uma possibilidade: demagogia ou milagre. Como Garotinho
é um pregador religioso, deve acreditar em milagre.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
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