O governo federal está preparando
um plano para disseminar, em todo o país, uma forma
mais humana e eficiente no combate às drogas: a instalação
de mais centros que trabalhem com o princípio de "redução
de danos".
Já existem experiências localizadas, que só
não se multiplicam por falta de apoio oficial.
"Redução de danos" significa, em
poucas palavras, o seguinte: para muitos casos, não
é possível tirar a droga radicalmente do viciado
--a solução é ir diminuindo a dependência,
aos poucos, fazendo com que o próprio poder público
administre as drogas, amparado pelos médicos e psicólogos.
É um projeto ousado, que tem de enfrentar preconceitos,
afinal, o governo legaliza, de certo modo, o uso de drogas.
Por outro lado, tem o extraordinário mérito
de levar às últimas conseqüências
o princípio básico de que viciado não
é criminoso, mas um doente.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
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