Acabo de
visitar Bogotá e Medellín, na Colômbia,
apontadas, no passado, como as cidades mais violentas do mundo,
tidas até mesmo como casos perdidos. Nos últimos
anos, elas estão promovendo uma reviravolta e baixaram,
respectivamente, as taxas de homicídio em 79% e 90%.
Nunca se viu nada igual no mundo --é, portanto, uma
lição obrigatória aos futuros governadores
e presidente da República.
O que eles fizeram lá foi combinar prevenção
e repressão, transformando a questão da segurança
numa prioridade coletiva. Trataram a violência como
uma epidemia, articulando (e bem), todos os níveis
de governo. O prefeito, porém, é o grande articulador
dessa trama pela segurança, com responsabilidades de
chefe de polícia.
Assim, pode-se combinar desde o policiamento comunitário
até a recuperação de jovens infratores,
passando pela melhoria dos transportes e das escolas nos bairros
mais pobres. Atinge-se, assim, a causa e a conseqüência.
O que está em jogo é menos e o dinheiro e mais
a gestão --isso em cidades que são parecidas,
em termos de pobreza, com São Paulo, Rio, Belo Horizonte
ou Recife.
A lição é a seguinte: nossa violência
também é fruto da incompetência pública.
Medellín passou
de capital da violência a laboratório da paz
Hoje, Sanchez mostra a jovens o que não fazer
Bogotá combinou
repressão com urbanismo e educação
Prefeito
"louco" mobilizou a sociedade
Colômbia dá exemplo
para reduzir violência
Redução
da criminalidade na Colômbia
Coluna
originalmente publicada na Folha Online,
editoria Pensata.
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