No debate
na TV Bandeirantes, Lula quis sempre puxar Fernando Henrique
Cardoso, numa tentativa de valorizar seu governo - e Alckmin,
a exemplo do que Serra já tinha feito no pleito passado,
se esforçou para tirar o ex-presidente do foco, com
medo de desgaste.
FHC transformou-se num objeto indesejável da política
brasileira, cujo nome aparece associado a desemprego e crise.
Entende-se o jogo eleitoral, mas é uma injustiça,
derivada o jogo rasteiro do poder e da falta de informação
histórica.
Está na biografia de FHC ter derrotado a inflação
quando ninguém imaginava que poderia ser derrotada.
Isso significou substancial aumento do poder aquisitivo dos
mais pobres. Só isso já faríamos com
que olhássemos com mais consideração
ao ex-presidente.
Mas também está na sua biografia ter aprovado
a Lei da Responsabilidade Fiscal, que ajudou a disciplinar
os gastos públicos - e, no futuro, será vista
como um momentos mais importantes na história da modernização
do Estado brasileiro.
Foi em seu governo que se disseminaram os programas de renda
mínima, agora reunidos (e melhorados por Lula) no Bolsa
Família.
Importante aqui não elogiar as conquistas inegáveis
de é FHC, mas conhecer a nossa história, aprendendo
com os erros e também com seus acertos.
Assim como temos de reconhecer que Lula já mereceria
ter entrando na história por ser um política
de esquerda que soube manter e aprimorar a estabilidade econômica,
combinando-a com mais distribuição de renda
e menos pobres.
Coluna
originalmente publicada na Folha Online,
editoria Pensata.
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