FORTALEZA (CE) - O “cyberbanho”
funciona como um rito de iniciação que as crianças
e adolescentes do Pirambu, Morro do Ouro, Monte Castelo e
bairros adjacentes passam no Espaço Jovem da Associação
Cearense de Rock (ACR), que há seis meses realiza trabalho
de inclusão digital com comunidades da periferia de
Fortaleza.
A experiência vem acontecendo porque a entidade teve
projeto aprovado no I Concurso Nacional de Inclusão
Digital para Jovens, promovido em 2002, pela organização
não-governamental (ONG) Comunitas que atua nos estados
do Rio de Janeiro e São Paulo, explica Amaudson Ximenes,
coordenador do espaço. O prêmio foi a aquisição
de sete computadores que foram adaptados para trabalhar com
software livre. Ele não esconde a preocupação
com a continuidade do projeto, justificando que o convênio
tem duração de seis meses.
Até janeiro, a ONG paga a bolsa dos monitores, no
valor de R$ 300 por mês. No momento, Amaudson Ximenes
procura novas parcerias, a fim de que o trabalho permaneça.
“A idéia é trabalhar alguém da
própria comunidade”, diz.
Aline Marques é monitora do Espaço que atende
uma média de 80 crianças e adolescentes por
dia. No “cyberbanho”, eles aprendem o que é
o computador, criar pasta e acessar a internet. O próximo
passo é criar e-mail e, depois, eles entram em contato
com o mundo virtual. Georgiano dos Santos Barbosa, 12 anos,
5ª série do Ensino Fundamental, conta com satisfação
que tem três e-mails. “Adoro receber e enviar
mensagens, pesquisar e bater papo”. Edson Silva, 12,
gosta dos jogos e bater papo.
As informações são
do Diário do Nordeste.
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