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Do desemprego, que já durava
dois anos, às aulas de estilismo. A moda costurou o
caminho de Suzi Patê entre a realidade da favela Paraisópolis
e o sonho de uma profissão. “Eu gosto da expectativa
de ver alguém usando aqui que eu fiz”, diz a
estudante de moda.
Suzi e outros 39 moradores da favela recebem 176 reais por
mês para participar do curso técnico de moda,
uma parceria entre a Unesco, a prefeitura e o Projeto Florescer.
Ana Patrícia Martins, que trabalhava como ambulante,
agora se destaca na costura. “Hoje aprendo a fazer todo
dia. Quando o pessoal compra, acha caro, mas para fazer é
muito difícil”, afirma.
O curso é um dos caminhos que a comunidade vem trilhando
para montar uma cooperativa de moda. O passo mais visível
do projeto é uma confecção que aposta
na reciclagem do jeans como saída para o desemprego.
“A nossa intenção é fazer que uma
grande parte da população de Paraisópolis
trabalhe com o jeans, ou lavando, ou decorando a peça,
costurando. Acho que vai precisar de muita mão-de-obra
aqui dentro”, avalia Nádia Bacchi, coordenadora
do projeto.
As sobras de jeans viram calças, vestidos e objetos
originais, como um pufe, que foi selecionado para participar
da principal exposição de design do mundo, na
Itália. Pelo serviço, estagiárias e costureiras
ganham de 130 a 300 reais por mês. “Meu sonho,
desde pequena, é ser estilista. Segui em frente, porque
quando a gente quer a gente vai atrás”, sustenta
Claudete Oliveira.
Com o emprego, Genilda Martins, costureira, espera reunir
a família. Os quatro filhos foram para o Nordeste depois
que o marido ficou desempregado. “Eles voltando é
alegria total”, resume ela.
As informações
são do site Globo.com.
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