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aumento do pib
01/12/2004
Participação da renda do trabalho diminuiu

De um lado, empresas com lucros maiores e pessoas e firmas com investimentos rendendo mais. De outro, trabalhadores ganhando menos. É isso o que revelam os dados completos do PIB de 2003, divulgados pelo IBGE.

A participação da remuneração dos empregados no bolo do PIB caiu de 36,1% em 2002 para 35,6% em 2003 -essa cifra era ainda maior em 1999, quando chegou a 38,1%. Os chamados excedentes (lucros de companhias e ganhos de investimentos, aluguéis e outros) aumentaram seu peso de 41,9% para 43%. Em 1999, o percentual era menor: 40,5%.

De acordo com Carlos Sobral, gerente do IBGE, é fato que as empresas aumentaram seus lucros em 2003 especialmente por causa do recuo do dólar e dos juros, que reduziu o impacto do endividamento no balanço das firmas.

É fato também, segundo ele, que a renda do trabalhador sofreu uma retração em 2003, primeiro ano do governo Lula, marcado pelo arrocho da política econômica (juros maiores) e pelo aumento do superávit primário, caindo 7,4% em relação a 2002, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Um dado de arrecadação apresentado pelo IBGE reforça a tese de que as empresas ganharam mais em 2003 enquanto os trabalhadores perderam. Segundo Sobral, a receita do governo com o Imposto de Renda Pessoa Física caiu 3% no ano passado. Já a arrecadação com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica aumentou 18%. "Só paga quem tem renda", disse.

Além do rendimento dos empregados (tanto com carteira como sem carteira de trabalho assinada), a participação do rendimento dos autônomos -os trabalhadores por conta própria- em relação ao PIB também caiu. Passou de 4,6% em 2002 para 4,5% em 2003. Em 1999, o peso da renda dessa categoria era ainda maior -5,7%.

De 2002 para 2003, também perderam participação no total do PIB os impostos que incidem sobre a produção e a importação de produtos: caiu de 17,4% do PIB para 16,9%.

As informações são da Folha de S. Paulo.

   
 
 
 

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