SÃO
PAULO. O índice de reprovação no último
exame da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo
é o maior já registrado no país: cerca
de 92% dos 19.660 candidatos inscritos. Apenas 1.686 bacharéis
(8,57%) foram aprovados nas duas fases.
"Estou profundamente chocado com esse resultado, o pior
da história do exame de Ordem, em São Paulo
e no país", disse o presidente da OAB-SP, Luiz
Flávio Borges D’Urso.
Santa Catarina
Até então, o menor índice de
aprovação havia sido registrado no último
exame, no primeiro semestre deste ano, em Santa Catarina,
no qual foram aprovados apenas 12,77% dos bacharéis
em direito inscritos. Em abril, em São Paulo, foram
aprovados somente 13,21% dos candidatos.
O resultado foi divulgado ontem. Comparado ao exame realizado
na mesma época do ano passado em São Paulo,
quando 27,45% dos inscritos passaram na prova, o número
de aprovados caiu mais de 50%.
Queda da qualidade
Para D´Urso, é impossível atribuir
índice tão alto de reprovação
apenas ao despreparo dos concorrentes:
"A queda da qualidade do ensino jurídico contribuiu
para esse quadro, mas acredito que uma parcela desses estudantes
não conseguiu superar o nervosismo na hora da prova,
como tenho testemunhado a cada exame. Por isso mesmo, estamos
implantando a participação de “treineiros”
na primeira fase.
Os “treineiros” são estudantes de direito
que poderão fazer a prova da primeira fase a partir
do próximo exame, em janeiro.
Na primeira fase do exame, os bacharéis precisam acertar
46 das cem perguntas para passar à segunda fase. A
prova da primeira fase do exame da OAB em São Paulo,
em janeiro, constará de questões de múltipla
escolha sobre os principais ramos do direito. A prova será
aplicada pela Fundação Carlos Chagas. A confirmação
de data, horário e local das provas será feita
por meio de edital de convocação.
As informações são do jornal O Globo.
|