À
medida que se avança nos níveis de escolarização,
diminui a participação da população
negra e parda na escola. A conclusão consta de dados
reunidos pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira, ligado ao MEC) com base em pesquisa
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
de 2002.
De acordo com o Instituto, no ensino fundamental os negros
e pardos representam 53,2% do total de alunos, enquanto os
brancos são 46,4%. Já na pós-graduação,
o índice de participação de afro-descendentes
é de 17,6%, enquanto os brancos somam 81,5% do total.
No ensino médio, a proporção de negros
e pardos é de 43,9% e, na educação superior,
de 23,1%.
O contrário ocorre entre os brancos e os descendentes
de asiáticos, que têm uma representatividade
cada vez maior nas etapas superiores de escolarização.
Anos de estudo
Em relação ao número de anos
de estudo no país, a população branca
têm em média 7,1 anos, quase dois anos a mais
do que a negra ou parda, que possuem 5,3 anos de estudo.
Segundo o Inep, apenas os descendentes de origem asiática
no país têm escolaridade média suficiente
para o término do ensino fundamental: 9,1 anos de estudo.
Se tabulados por região, os dados do Inep mostram
que, na região Sudeste, os afro-descendentes têm
5,9 anos de estudo, enquanto na região Nordeste a média
é de 4,5. Em contrapartida, a população
branca fica, nas mesmas regiões, 7,6 e 5,8 anos dentro
da sala de aula. A população asiática
tem a maior permanência: 10 anos de estudo na região
Sudeste.
Freqüência
Quanto à freqüência à escola
ou creche, considerando o quesito cor/raça, na faixa
etária de zero a três anos, a taxa é de
9,9% para negros e pardos --abaixo da média do Brasil,
que é de 11,7%.
A diferença mais significativa está na faixa
etária de 15 a 17 anos, que registra 78,6% de freqüência
entre a população de afro-descendentes e 81,5%
na média do Brasil.
As informações são
da Folha Online.
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