A governadora
Rosinha Matheus anunciou ontem um reajuste de 7% no salário-mínimo
regional. Com o aumento, o piso estadual ficará 19%
acima do salário-mínimo nacional, que hoje é
de R$ 260. Antes, a proposta precisa ser aprovada pela Assembléia
Legislativa do Rio (Alerj). Se aprovado, o novo salário-mínimo
entra em vigor em janeiro de 2005.
Segundo a governadora, com esse reajuste, o governo honra
seu compromisso de manter o piso salarial do estado sempre
igual ou superior a US$ 100. O salário mais baixo,
por exemplo, passará dos atuais R$ 290 para R$ 310,
ou cerca de US$ 113 (pelo fechamento do câmbio de ontem).
A governadora disse que o pagamento do piso é garantido
por lei:
"Só não decretei um valor porque achei
que ficaria muito antipático. Prefiro o diálogo
entre patrões e empregados".
Os pisos salariais são divididos em seis faixas estabelecidas
de acordo com a ocupação dos trabalhadores sem
incluir categorias de nível superior. Vão desde
trabalhadores do setor agrícola a secretários
e telefonistas. Os novos valores foram acertados em negociações
entre representantes dos trabalhadores e dos empregadores,
mediadas pelo governo.
Com o reajuste, a faixa 1 (setor agrícola) passará
de R$ 290 para R$ 310. A faixa 2 (domésticas, serventes
e auxiliares de serviço geral) vai de R$ 305 para R$
326; a faixa 3 (serviços administrativos, operação
de máquinas e implementos agrícolas) sobe de
R$ 316 para R$ 338; faixa 4 (construção civil,
despachantes, fiscais e garçons) de R$ 327 vai para
R$ 350; faixa 5 (encanadores e soldadores) passa de R$ 338
para R$ 362; faixa 6 (secretários, estenógrafos,
telefonistas, metalúrgicos, operadores de telefone
e telemarketing) de R$ 349 para R$ 373.
ANA WAMBIER
do jornal O Globo
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