A Linguagem
Brasileira de Sinais (Libras) passará a ter formação
específica nos cursos de Pedagogia e de formação
de professores e será uma das especializações
dos cursos de Letras, como uma segunda língua.
A determinação está no decreto apresentado
nesta terça-feira pelo ministro da Educação,
Fernando Haddad, e é parte da regulamentação
da lei de 2002 que tornou a Libras uma forma nacional de comunicação.
A linguagem de sinais é usada por deficientes auditivos
para se comunicar. No entanto, até hoje as escolas
brasileiras não têm professores com formação
específica e não existem cursos nessa área,
o que dificulta a comunicação e a aprendizagem
dos estudantes surdos nas escolas.
A partir da regulamentação, a disciplina será
obrigatória em todos os cursos de licenciatura - independentemente
da área - e de Fonoaudiologia e opcional nos demais.
As universidades terão dez anos para oferecerem o
ensino de Libras em todos os seus cursos de formação
de professores, mas nos próximos três anos já
terão que ter a disciplina em pelo menos 20% dos cursos.
Em cinco anos, 60% dos cursos precisarão ter a disciplina.
A partir de um ano da publicação da regulamentação,
todas as instituições terão que oferecer
a formação em Libras como matéria optativa
em todos os cursos.
Algumas instituições, no entanto, já
tomaram a iniciativa de preparar seus cursos. A Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) vai oferecer o primeiro curso
de graduação com especialização
em Libras a partir do ano que vem.
Depois de um ano do decreto de regulamentação
estar em vigor, as instituições públicas
e as empresas da administração federal, direta
ou indireta, incluindo as universidades federais e o Sistema
Único de Saúde (SUS), terão que ter em
seus quadros um tradutor de Libras.
As informações são
do site Estadão, editoria Educação.
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