Priscila
Albino
A Cia Pessoal do Faroeste sempre se preocupou em dar um foco
social para seus espetáculos. Como sua principal fonte
de pesquisa é a vida social e política do povo
brasileiro, inovaram na obra “Os crimes do Preto Amaral”.
Desde abril deste ano, oficinas de produção,
cenografia, iluminação, comunicação
visual e funções ligadas ao teatro são
dadas à ex-presidiários e a pessoas que moram
na região central da cidade de São Paulo.
A peça conta a história de um mineiro (José
Augusto do Amaral), ex- soldado da Força Pública
e autor confesso de vários homicídios em São
Paulo que morreu na cadeia antes de ser julgado. Por estas
razões, o escritor da peça, Paulo Faria pensou
em desenvolver trabalhos com pessoas que vivem reclusas da
sociedade. ”Além de oferecer uma capacitação
e oportunidade para essas pessoas, as oficinas serviram como
base à nossa pesquisa para a peça, já
que falamos sobre a vida de um preso”, indaga Paulo.
As oficinas foram dadas através da parceria entre
companhia e a Fundação de Amparo ao Preso (
Funap), que já desenvolve trabalhos semelhantes enquanto
eles( presos) estão encarcerados. No período
de três meses foram formados, um eletricista e uma segurança,
que hoje fazem parte da equipe técnica da montagem.
Além de marcar a inauguração de um novo
espaço teatral na cidade de São Paulo a Cia
Pessoal do Faroeste esta contribuindo para o regresso desses
cidadãos na sociedade.
http://www.funap.sp.gov.br/
Serviço:
”Os crimes do Preto Amaral”
Data : 6 de outubro a 25 de fevereiro
Horário: sexta- feira 20h30m
sábado 20h30m
domingo 18h
Preço : de R$ 20 a R$ 30 (estudante paga meia entrada)
Local : Luz do Faroeste
Endereço : Alameda Cleveland, 677 - Campos Eliseos
- São Paulo - SP
Telefone : (11) 3362-8883
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