Priscila
Albino
Tudo começou quando uma aluna,
deficiente visual foi aprovada no curso de Pedagogia da Universidade
Cidade de São Paulo (Unicid). A necessidade de se ter
material transcrito em Braille fez com que a instituição
desenvolvesse um centro de atendimento ao deficiente visual
que mais tarde se transformaria no Centro de Apoio Acadêmico
ao Deficiente (CAAD).
Formado em 1.999 seu objetivo é de produzir, sistematizar
e difundir conhecimento sobre inclusão social. Assim
o CAAD atende gratuitamente aos seus alunos e à comunidade.
Hoje conta com um amplo programa de reabilitação
com cursos de musicalização D.V, Braille, cálculo
por soroban, AVD( Atividades de vida diária) e orientação
e mobilidade, além de serviços prestados na
área psicológica. Sua equipe é constituída
por 9 pessoas das quais 5 possuem deficiência visual.
O CAAD atende cerca de 300 pessoas da comunidade por mês
e desenvolve um trabalho raro e importante em escolas municipais
e estaduais ajudando ao aluno e ao professor no processo de
inclusão escolar durante o período de adaptação
da criança. Além de ter mudado as instalações
da universidade, que é totalmente adaptada seguindo
os critérios da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT), conta com 28 alunos cegos
e 4 surdos, e formou no ano passado, o primeiro engenheiro
cego do país.
”Sempre tem alunos no CAAD. A convivência é
muito mais com pessoas videntes( com visão) . Temos
uma integração como um todo, alunos e professores,
indaga o coordenador do centro, Eduardo José Drezza
quando questionado sobre a relação CAAD e universidade.
Para 2007 existe um projeto de construção de
uma trilha de acesso com pisos de alto relevo até o
metrô Carrão ( próximo a universidade)
que será entregue para análise da prefeitura
da capital. Também será realizado a ampliação
dos sistemas de acessibilidade se estendendo as lanchonetes,
com acesso facilitado e cardápios em Braille.
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